quinta-feira, 1 de julho de 2010

NOSSOS ALFORGES...

O amigo já parou pensar em quão hipócrita sociedade nós vivemos, onde pessoas se recusam a enxergar seus próprios defeitos e, por não terem sensibilidade o suficiente, acabam julgando nas outras pessoas os próprios defeitos os quais ,com certeza, elas possuem? Vivemos, todos, em uma pequena comunidade uma pequena cidade que, apesar dos anos se passarem, continua provinciana, da mesma maneira quando mal existiam duas ou três ruas empoeiradas e que, por total falta do que se fazer, as pessoas sempre se preocuparam umas com as vidas das outras. Creio que é chegado a hora, e também o amigo leitor, de olharmos mais para dentro si próprios e nos convencermos de que os tempos mudaram, de que o mundo progrediu e de que não somos mais os mesmos de antigamente. Fato facilmente comprovado se, ao olharmos o horizonte, vermos coisas novas, se deixarmos de nos preocuparmos com o “alforge” do próximo e nos preocuparmos com o nosso.
O amigo leitor deve estar se perguntando o porque da palavra “alforge”, mas eu já explico. Tive, nos meus tempos de escola, um grande mestre em português, Sr. Samuel Barbosa, ao qual rendo minhas homenagens; ele sempre nos contava uma espécie de parábola.
Primeiro deveria explicar o que vem a ser um alforge: é uma espécie de mala com duas bolsas a qual os cavaleiros costumam carregar na garupa de suas montarias e que serve para carregar pesos de forma equilibrada.
Dizia o mestre Samuel Barbosa o seguinte, digamos, dito popular, logicamente adaptado à sua conhecida perspicácia:
“O homem, como um todo, carrega em seus ombros um alforge, espécie de sacola muito utilizada antigamente por viajantes; neste alforge o Homem carrega uma grande quantidade de defeitos, só que, por estar em seu ombro, uma das bolsas do alforge fica à sua frente e a outra fica à suas costas, na sacola da frente e, portanto, aquela que ele pode enxergar, ele carrega os defeitos dos outros, na outra, a qual fica às suas costas e que portanto não pode enxergar, ele carrega seus próprios defeitos e, por estarmos sempre olhando nossos companheiros pelas costas, enxergamos primeiro ss defeitos dos outros e, só quando os olhamos verdadeiramente de frente, é que enxergamos suas qualidades. A moral é que enxergamos nos outros nossos próprios defeitos, e por serem nossos, também, é que nos irritam tanto, ou seja, se olhássemos mais para dentro de nós mesmo, ou de nosso “alforge” notaríamos que temos tantos, ou mais, defeitos quanto o nosso companheiro”, sabias palavras vindas de um homem sábio, com certeza.
Amigo leitor, perdoa-me, mas creio que é chegada a hora de nos conscientizarmos de que o mundo mudou, o homem evoluiu, as coisas, no geral, são diferentes dos idos tempos de vilarejo; hoje devida a globalização e dos conhecimentos que nos cercam e que estão disponíveis àqueles que os quiserem ter, devemos olhar adiante, vislumbrar o horizonte com outros olhos, fazer desse um mundo melhor mesmo, sem hipocrisia, sem inverdades e sem falsa moral. Lembrem-se ainda é tempo. Não julguemos para não sermos julgados, o que é bom para você pode não ser bom para mim e vice-versa. E, parafraseando, um infeliz ex-presidente mas invertendo suas palavras, “POR FAVOR DEIXEM-ME SÓ” = traduzindo: deixem em paz aqueles que o cercam, deixem que cada qual siga sua vida como escolheu viver.

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