sexta-feira, 11 de julho de 2014

FELICIDADE REALISTA - Mário Quintana


A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.

Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.

Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

Há momentos...


Há momentos e situações em que o olhar comunica mais que as palavras, isso também é intimidade. Creio que sou capaz de dizer muitas cosas sem falar, é o outro que também tem de compreender e de saber interpretar. Quando se estabelece essa relação de intimidade e de amizade, não é necessário falar. (...) Frequentemente é melhor não o fazer porque as palavras estão muito gastas.

António Lobo Antunes

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Elogio ao Amor...


Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.

Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido....Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.

A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão covardes e tão comodistas como os de hoje.

Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira.

E valê-la também.

Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, 9 de julho de 2014

AOS MEUS "AMIGOS"...


EI VOCÊ!!!
ISSO, VOCÊ MESMO!!!
TALVEZ EU NÃO SEJA GRANDE COISA, NÃO TENHA MUITAS POSSES, NEM STATUS OU QUALQUER OUTRAS COISAS QUE NOSSA "SOCIEDADE" JULGUE "IMPORTANTE", MAS AINDA SOU A MESMA PESSOA. SÓ QUERIA QUE VOCÊ SOUBESSE QUE TODAS AS VEZES QUE TE ABRACEI, QUE TE OUVI, QUE BEBEMOS JUNTOS, QUE OUVI SUAS QUEIXAS SOBRE A SUA VIDA, QUE ESCUTEI OS SEUS PROBLEMAS E QUE TENTEI, DE ALGUMA FORMA, TE ACONSELHAR (MESMO EU NÃO ME JULGANDO CAPAZ DISSO) O DIZ DE CORAÇÃO, O FIZ POR CONSIDERÁ-LO(A) UMA PESSOA IMPORTANTE PARA MIM. JAMAIS O FARIA APENAS PARA DEFENDER ALGUM TIPO DE INTERESSE PESSOAL MEU OU POR QUALQUER OUTRO MOTIVO QUE NÃO SEJA O SENTIMENTO DE AMIZADE. ENTÃO, SE POR ALGUM PERCALÇO DA VIDA NÃO NOS VEMOS MAIS COM TANTA FREQUÊNCIA, PELO MENOS DE MINHA PARTE, AINDA TE CONSIDERO AMIGO(A) COMO ANTES, SE NÃO MAIS FREQUENTO SUA CASA OU SEU CIRCULO DE OUTRAS AMIZADES É POR FALTA DE OPORTUNIDADE E, TENHA A MAIS ABSOLUTA CERTEZA, SE EU TIVER UMA ÚNICA OPORTUNIDADE DE LHE FAZER QUALQUER BENEFÍCIO, POR MENOR QUE SEJA, EU O FAREI COM O MAIOR SENTIMENTO DE AMOR FRATERNAL QUE VOCÊ POSSA IMAGINAR, POIS SE UM DIA TE CHAMEI DE AMIGO, POR MAIS QUE TENHA ME "DEIXADO DE LADO" ASSIM AINDA O(A) CONSIDERO, TÁ BEM? NO MEU CASO, PELO MENOS, UMA VEZ AMIGO, AMIGO SEMPRE!!!

Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.
Confúcio

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Amor é incompreensão...



Como é possível reconhecer um amor sincero e duradouro de uma paixão que logo, logo se esvai.

Publicado em 01/09/2013

POR Diana Corso
Edição 135

Quando se ama, o pior inimigo não é, como dizem por aí, o costume. Ele pode ser traduzido em intimidade, à guisa de elogio. A rotina pode ser deliciosa, porto seguro da alma, lugar onde ancorar a salvo do medo. A mesmice do outro não é chatice, é repouso.

A duração de um amor não esbarra nisso, é a idealização das escolhas que a abala. Somos tolos como insetos em volta da lâmpada. Ficamos trocando de parceiro, renovando a expectativa de algo maior, relançando as apostas num encontro absoluto. Balela. Amar é combater o desencontro a cada dia. Escute Clarice Lispector:

"pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente".

O convívio não destrói o mistério, pelo contrário. Viver uma vida toda ao lado de alguém é resignar-se a não decifrá-lo. Não nos saciaremos um no outro. Ele nunca chegará a nos pertencer definitivamente. Um rio separa os amantes, travessias são possíveis, mas as margens não fundirão.

Gulosos, consideramos que a felicidade seria fazer-se um: queremos mais do que encaixe, o objetivo é zerar a distância, virar uma só laranja. Nesse caso, melhor casar com o espelho ou seguir em busca desse par perfeito, pulando de promessa em promessa, procurando no amor o tesouro escondido da felicidade.

O problema é que Amor e Felicidade sofrem da mesma sina. São inflacionados, acima de tudo incompreendidos e costumam não ser reconhecidos quando estão presentes em nossas vidas. Por natureza, eles são discretos, deixam-se estar, dispostos a um bom papo, uma tacinha de vinho. Mas em geral são ignorados. Depois de um tempo, partem incógnitos. Os que não souberam reconhecê-los sequer têm motivo para lamentar por isso, a ignorância os protege.

Já a Paixão e a Euforia nunca passam despercebidas, causam furor quando chegam. São barulhentas, jogam confetes em si mesmas e somem sem que se saiba quando foi que a Ressaca tomou seu
lugar.

Os amantes ingênuos são mais afeitos ao estilo destas últimas. Como num parque de diversões eterno, ficam em longas filas, na chatice da espera, para viver instantes de vertigem. Prefiro gastar meu prazo tomando um vinho com a Intimidade. Essa, é mais próxima da Felicidade. Acho que nunca terminarei de comemorar a permanência do amor como um presente que recebo a cada dia. Um pacote de presente que nunca abro. O mistério de seu conteúdo faz parte da felicidade de tê-lo em mãos.


Diana Corso é psicanalista em Porto Alegre, RS. E escreve há dois anos para Vida Simples.

domingo, 6 de julho de 2014

AME...APENAS, AME!!!!



O telefone tocou...
- Alô?

- Alô. Luciano?
- Sim. Quem é?
- Não conhece mais a minha voz?
- Não estou conseguindo identificar. Quem está falando?
- Nossa, como foi fácil pra você me esquecer... Acho que não tivemos muito significado...
- Nathasha?!
- Oi...
- Que surpresa você me ligar! Pra quem disse que queria me esquecer para sempre...
- Vai ofender? Eu desligo!
- Fique à vontade, querida. Quem ligou foi você mesmo...
- Não, espere, não vou desligar. Desculpe. É que estou aborrecida, só isso.
- Tá. E o que você quer?
- Nada. Eu só queria ouvir sua voz.
- Só? Então já ouviu. Mais alguma coisa?
- Espere, pare de ser grosso. Não, desculpe, não desligue. É que eu estou me sentindo muito sozinha.
- Foi você quem quis assim, querida. Sorva do seu próprio veneno.
- Realmente você não muda. Só sabe acusar...
- Bom, vou desligar. Tchau...
- NÃO, PELO AMOR DE DEUS, não desligue, espere, preciso te dizer algo...
- Fala logo, Natasha. Tenho que trabalhar.
- Eu estava errada. Me perdoe.
- ERRADA? Você estava errada? Tem certeza disso? Será que não é um pouco tarde pra dizer isso?
- Mas agora eu reconheço...Por favor, amor, me perdoe!
- Agora? Depois que você acabou comigo, querida? Até hoje eu pago o mico do papelão que você me fez passar... Convites distribuídos, acampamento alugado, comida encomendada, viagem paga, meu casamento com você, tudo perdido... (Luciano suspira). Sofri, sofri mesmo. Queria matar você! Droga, por que eu tive que amar você? Mas tudo bem. Já faz dois anos... Ah, meu Deus, dois anos...

- Luciano, pelo amor de Deus, me perdoe!
- Pra que você quer o meu perdão? Você nem ligou pra dizer que já estava com outro cara. Pra que perdão? Vai viajar com ele, vai viver com ele, meu bem... Só me deixe em paz, por favor!
Luciano chora baixinho.
Sem se dar conta, Luciano percebe uma pessoa na porta do escritório.
Era ela. Natasha estava olhando pra ele. Ela falava do celular.
Luciano fica perplexo, alegre e triste - ela está linda, belíssima, muito elegante. Mas seu rosto está abatido, cansado, doente. Na mão tinha uma sacola. Aproximou-se da mesa de Luciano, e, com olhos lacrimejantes, desligou o celular, olhou para ele e disse:
- Oi, amor.
- Oi, Natasha. Pare de me chamar de amor. Você tá um caco, filha!
Olhos baixos, Natasha começa a tirar da sacola algumas coisas: uma caixa do correio com um CD do Demmis Roussos, que Luciano havia enviado de presente no aniversário, uma boneca de porcelana numa casinha de papel, um celular pré-pago, alguns livros devocionais, uma bíblia de Genebra e um pacote de fotografias. Luciano a observava, perplexo, triste, e via as lágrimas de Natasha molharem a fórmica da sua escrivaninha. Cada objeto tirado era uma facada no coração sofrido de Luciano. Algumas coisas lhe custaram caro, ele fizera grande esforço para pagá-las. Mas, pensava ele, se era pra ela, valeria à pena o esforço. Quando tudo terminara, ele se arrependera de tanto gasto desperdiçado...
- Pensei que você havia jogado fora as coisas que lhe dei, Natasha...
- Eu nunca me esqueci de você, Luciano. Eu errei. Errei muito, me perdoe...
Luciano, jovem advogado, lutador com as interpéries da vida, sabia que Natasha poderia estar mentindo, como tantas outras vezes, quando namoravam e mesmo quando eram noivos. Mas havia um quê de diferente no olhar vermelho de Natasha.
- Por que você veio hoje aqui, Natasha? Deu a louca? O que te traz aqui?
- Natasha suspirou, chorou, recompôs-se e disse:
- Estou com câncer, Luciano...
- CÂNCER? Luciano petrificou-se.
- Sim, amor, eu vim me despedir. Saí do hospital à força, pra falar com você e pra morrer em casa...
Luciano não esperava por essa. Veio-lhe à memória uma de suas discussões, onde Natasha, na hora do nervoso, dissera: "E daí, Luciano? Que se dane a igreja, que se dane o pastor, que se dane você, e se Deus achar que estou errada, que me castigue..." Nossa, era como se a cena passasse de novo na mente de Luciano.
- Como foi, Natasha?
- Depois que eu deixei você, amor, fui caindo no abismo, afastei-me do Senhor, fui morar com o André, abandonei a Cristo. Eu estava cega. Mas Deus me amava, Luciano. Se eu não fosse dEle, estaria numa boa agora, bem com o André, bem comigo e pronta pra ir pro Inferno. Mas, por amor, Deus veio corrigir-me. Ele repreende e castiga a quem ama. Ele me ama, Luciano! Estou doente. Mas estou bem, porque estou podendo vir até você pra pedir perdão! Nunca fui feliz, nunca tive paz, saí de casa com 3 meses de vida a dois. O André me batia, me traía, eu fugi.
- E ele não foi buscar você de volta?!
- O André foi assassinado, Luciano. Tráfico de drogas.
Luciano estava perplexo.
- Luciano, estou voltando pro Senhor, estou me preparando pra partir. Mas tenho que receber o seu perdão, amor! Sei que nunca irei compensar o que lhe fiz, mas... por favor... ME PERDOA, AMOR!

Luciano olhou para aquele resto de mulher - outrora tão orgulhosa, ostentando tanta beleza e auto-suficiência, confiando tanto em seu corpo e em sua fulgurante beleza, e agora, bonita ainda, mas notadamente pálida, enferma, cheia de hematomas nos braços, pescoço e pernas, e triste, profundamente triste, a implorar-lhe perdão para morrer em paz!
Cena patética! Ali estava quem Luciano mais amara na vida, quem mais o fizera sofrer, a depender de uma palavra apenas, para morrer em paz!
"Hora da vingança", veio-lhe à mente. Claro, agora seria a hora da revanche! Mas Luciano era um moço crente, de bom coração, e seria incapaz de reter a bênção para aquela a quem tanto amara e que, infelizmente, ainda tanto amava e tanto o fazia sofrer...

Quer que eu perdoe você, Natasha?

SIM, PELO AMOR DE DEUS, Luciano! Nunca mais tomei a Ceia do Senhor, nunca mais louvei ao Senhor com alegria, nunca mais fui membro de igreja, não agüento mais! Aceito as conseqüências, mas, por favor, diga que me perdoa!

Enxugando as lágrimas, refazendo-se, Luciano olhou-a no fundo dos olhos, tomou as suas duas mãos, que estavam frias como as de um defunto, e lhe disse, num terno sorriso misericordioso:
Querida: desde que você foi embora eu já havia lhe perdoado. Mas, se você quer escutar e sentir paz, ouça-me: EU PERDÔO VOCÊ POR TUDO QUE ME FEZ. VOCÊ ESTÁ LIVRE EM NOME DE JESUS!

Natasha tremeu. Gritou "aleluia", sorriu, chorou, e caiu desmaiada.
Logo o assistente de Luciano veio ajudá-lo, e, colocando-a no carro, levaram-na para o hospital. Luciano tinha o telefone de toda a família ainda, ligou e avisou. Em uma hora todos estavam ali na recepção, tristes, aflitos, alguns desesperados. Chegou o pastor. A família implorou-lhe que fosse até a UTI orar com ela. O pastor, que conhecia o Luciano, olhou bem pra ele, pensou, fechou os olhos em oração, e, a seguir, falou:

Quem tem que entrar é o Luciano. Vá lá, Luciano. Eu conheço o diretor da UTI, pedirei autorização.

EU, PASTOR?

Sim, filho. Ela é o seu amor.

FOI, PASTOR...

Não, filho. Deus o uniu a ela novamente, ainda que seja na despedida.

Luciano não sabia o que fazer. A família, desconsolada, chorava, mas a mãe, certa do que tinha que ser feito, empurrou o Luciano até a porta, dizendo: "Vai, filho, corre, antes que seja tarde!"

Ah, aquele corredor que dava para a UTI parecia não ter fim! Cada passo dado era uma lembrança: o primeiro beijo, a primeira maçã-do-amor, o primeiro jantar, o primeiro por-do-sol juntos; o dia em que viajaram num encontro missionário, o dia em que foram juntos à praia e que ele deu de presente a primeira rosa! O jantar de noivado, os telefonemas, tudo. Não sobraram recordações da tragédia, da traição, do desprezo. Na verdade quem ama guarda as más experiências numa sacola furada. E Luciano fez assim.
Vestido com o jaleco, a máscara e o sapato de pano, Luciano entrou.
Vários boxes onde pessoas definhavam. Lá estava Natasha, no número 6. Estava no respirador artificial, cuja sanfona funciona como um pulmão e faz um barulho horripilante. Estava linda, mas totalmente ligada a aparelhos, notadamente cansada, em coma, morrendo. Luciano sentiu sua dor. Chorou. Tremeu. Segurou forte a mão de sua amada.
Pensou em Cristo, que dera a vida pela noiva, pensou em Oséias, que aceitou a esposa adúltera novamente, pensou em Deus, que tantas e tantas vezes tratou a Jerusalém com compaixão. Quem era ele para não perdoar? Quem era ele para não acolher?
Então orou.

"Senhor, o que posso dizer? Minha garota está morrendo! Ex-garota, claro. Mas mesmo assim está doendo, Pai! E eu sou impotente diante de tudo isso! Essas máquinas, esse cheiro de éter e de carnes inflamadas, esse barulho infernal, meu Pai, o que posso dizer? Que deixe a minha garota morrer em paz? Sim, Senhor, leve-a para a tua glória! Eu a amo! Mas sei que tu a amas mais do que eu! Abençoa a Natasha. Em nome de Jes...

Subitamente Luciano pensou em completar a oração com o seguinte pedido:
"Mas, Senhor, se ainda houver um espaço para ela viver para ti, recuperar parte do tempo perdido, se na tua infinita misericórdia não for demais, por favor, Senhor, cura a tua serva. Ela já sofreu bastante, ela aprendeu, Senhor. Até eu, que fui o mais ofendido, já a perdoei! Por favor, Senhor, se der, devolve-lhe a vida! Mesmo que não seja pra viver comigo. E agora sim, em nome de Jesus. Amém".

Por favor, me avisem - disse Luciano aos familiares - , me avisem quando tudo terminar. Quero estar presente.

E foi embora. Tirou a tarde para viajar, seu hobby preferido: foi pra uma cidadezinha próxima, ver o pôr-do-sol.

PARTE FINAL

No caminho, ao longo da rodovia, seus pensamentos corriam mais que o vento: por que tudo isso estaria acontecendo? As coisas não poderiam ter sido mais fáceis? E agora? Ele, no carro, ela no hospital, a lembrança daquelas máquinas monstruosas de prolongar a vida não lhe saíam da memória... As lágrimas corriam, misturadas à poeira do vento seco do caminho.
Revoltado com tudo isso, parou o carro no acostamento. Encontrou uma estradinha de terra. Devagar, como a seguir um féretro, entrou pela rota dos sitiantes. Subiu devagar a montanha, encontrou um mirante.
Parou, abriu a porta, e, num grito de dor e lamento, chorou. Ah, como chorou! Seu pranto escorria pela porta do carro. Os pássaros, assustados, aquietaram-se nas árvores, contemplando aquele misto de dor e revolta. Parecia que todo o mundo fazia silêncio em respeito a tanta dor.

Deus, por que? Por que? Por que? Por que tive que amá-la? Por que tive que vê-la? E agora, Senhor, o que fazer? E se tu a levares? O que será de mim? Eu já estava quase esquecendo, Senhor! Agora tudo volta a doer! Senhor, Senhor...

Cansado de tanto chorar, entrou no carro e deitou-se, estendendo o banco para o fundo. Travou a porta, colocou uma fita de música clássica e desfaleceu. Ali estava um moço de valor, que amava e que lutava entre sua vontade e a vontade de Deus.Sonhou durante o sono, no delírio da febre. Sonhou estar na igreja.
Viu o pastor a pregar, e, ao seu lado estava Natasha, bonita e sorridente. Lá do púlpito o pastor dizia: "Aquele que amar mais à sua mulher, mais do que a mim, não é digno de mim - palavras de Jesus!" E, aos poucos, o sorriso de Natasha foi sendo coberto por uma neblina e desaparecia. Assim acordou.
Assustado e cônscio de que Deus falara com ele, pôs-se a orar, dizendo:

Senhor, sei que é difícil, mas tenho que fazer isso. Confesso que estou revoltado, ó, Pai. Quero fazer a minha vontade, não a tua. Eu não estou conseguindo aceitar a tua vontade, caso seja a de levá-la embora! Sei que estou errado, Senhor, e sei que é isso que quisestes me falar. Senhor, sou teu servo e quero te obedecer. Se irás tirar a
Natasha mais uma vez, tira-a, apesar de mim. Por mais que isso doa,
Senhor, prefiro assim: não quero perder-te Senhor. Só me ajude e console o meu coração... Tu sabes o que será melhor para ela, e também melhor para mim. Em nome de Jesus, amém.

Voltou a dormir.
Toca o celular.

Alô?

Luciano?

Sim, sou eu.

Aqui é o pastor, filho. Como você está?

Bem mal, pastor. Mas sobrevivendo...

Eu orei por você, garoto. Pedi a Deus para lhe fazer suficientemente forte para renunciar, se preciso for. Você quer conversar sobre isso?

Pastor - disse, sorrindo o rapaz, - já o ouvi pregar agorinha mesmo no sonho, já renunciei a Natasha. Está doendo, mas estou em paz.
Obrigado.

Ótimo. Então volte pro hospital, Luciano. A Natasha acordou e saiu do estado crítico. Ela quer ver você...

O QUE??? SÉRIO, PASTOR?

Séríssimo. Vem com calma, mas acelera, filho...

Não levou hora e meia e Luciano estava entregando a chave do carro pro manobrista do hospital.

E a Natasha? , perguntou à mãe dela.

Filho, corre, ela está chamando por você! Vai, filho! Deus está agindo! Eu já a vi, mas ela teima que quer ver-lhe!

Agora o corredor do hospital era longo demais para ele. Se pudesse, daria três passos em um, para chegar mais rápido e contemplar o rosto de sua amada. Seu coração estava disparado, pensava no que ouviria e no que diria. O suor lhe escorria pela face e as vistas estavam enfumaçadas. Correu a vestir o jaleco, o sapato de pano, as luvas e a máscara. Box 06. Lá estava ela, e três médicos
palestrando. Ao olharem o rapaz, perguntaram:

Você é o Luciano?

Sim, doutor, sou eu. Por que?

Converse um pouco com ela. Ela gritou o seu nome por mais de meia hora e nos deixou quase loucos! Isso é que é amor! Mas seja breve, ainda não entendemos essa súbita melhora. Temos que medicá-la novamente.

Aproximou-se do leito. Os lábios de Natasha estavam sangrados, a boca ferida, canos haviam saído da garganta, o pescoço estava com fios, braços e pernas com soro, sondas, enfim, uma cena dramática, mas não tanto quanto na última vez. Pelo menos o respirador artificial estava desligado, e em silêncio...

Lu..cia..no.. me.u...a..mor....

Fala, querida, eu estou aqui!

Je..sus....veio..a..qui! Eu..vi!

Luciano deixou as lágrimas verterem de seus olhos, lágrimas quentes e profundas.

Você estava sonhando, querida.

Nã..ão, meu ..a..mor, Je..sus veio...me di..zer.. uma..coi..sa!

Um tanto alegre, mas também incrédulo, Luciano pergunta:

E o que Jesus lhe disse, amor?

Dis.se...que.. vo..cê..me ama..va e..que..es.ta...va... (cof! cof!) es..ta..va. orando lá..num sí..tio.. por..mim...e ..lu..tan..do ...para me renun..ciar..

Luciano gelou. Natasha completou:

E..le.. me..dis..se..que..a.ceitou..a.sua..or.a..ção!

Agora ele estava arrepiado. Não só isso, ele estava com as pernas totalmente moles e adormecidas, num misto de medo e perplexidade.

E sobre você, amor, ele disse alguma coisa?

Dis.se..pa..ra....que..eu não ...pe..casse.. de nno..vo... - Natasha adormeceu.
Natasha!!! Natasha!! Não morra!!!

Calma, garoto - disse o médico - ela só adormeceu. Fique tranqüilo, mas saia agora, temos que seguir os procedimentos necessários.

E assim foi.
Natasha saiu do hospital em 20 dias. Sem explicação convincente, os médicos quiseram impetrar a si mesmos um erro de avaliação e diagnóstico,dizendo que pensaram que havia câncer onde nada existia, mas não sabiam explicar as dúzias de exames, de biópsias, de ressonâncias e de quimioterapias feitas. Claro, grande parte da medicina desconhece o poder de Deus, a misericórdia do Altíssimo. E um câncer desaparecido tem que parecer um mero "erro médico". Mas o milagre acontecera de fato...
Outra tarde, fim de expediente no escritório de Luciano, Natasha de pé em frente à escrivaninha de trabalho dele.

Luciano, de agora em diante eu viverei cada dia como um milagre do
Senhor, e viverei apenas e tão-somente para a glória Dele.

Que bom, Natasha! Espero que você seja feliz! Orarei sempre por você!

Luciano...

Fale, querida.

Quero pedir só mais uma coisa.

Se eu puder atender...

Eu quero me casar com você e ser a sua mulher, a sua companheira, e servir ao Senhor ao seu lado. Eu te amo! Me perdoe por tudo que fiz!

Era tudo o que o rapaz queria ouvir. Sorridente, abriu a gaveta da escrivaninha e tirou uma linda boneca de porcelana, numa casinha de papelão, idêntica à primeira, presenteada quando começaram a namorar. Levantou-se, entregou-lhe a boneca, abraçou sua amada pela cintura, trazendo-a para junto de seu rosto, e lhe disse, com um brilho jamais visto em seu olhar:

Eu perdôo você e quero recebê-la como minha esposa, meu amor. Eu te amo!

Também te amo, querido!

Não se podia descrever o que era mais bonito e brilhante; se o brilho do sol da tarde, clareando toda a sala pelas vidraças, ou se o brilho do beijo de Natasha e Luciano, ao som da mais linda música que o mundo pode ouvir: o palpitar de dois corações apaixonados.
Aliás, apaixonados por Deus primeiramente, e, por causa do Senhor, apaixonados um pelo outro...

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quinta-feira, 3 de julho de 2014

MATEMÁTICA DA VIDA...


USEI A MATEMÁTICA DA VIDA...PARA ISSO SOMEI OS MEUS MAIORES E MELHORES SENTIMENTOS...SUBTRAÍ TODAS AS MINHAS DESILUSÕES...DIVIDI POR TODOS AS MINHAS HORAS DE VIVÊNCIA, MULTIPLIQUEI POR TODO O MEU AMOR E O RESULTADO? CLARO, FOI UM SÓ = "VOCÊ"...simples assim...


Em nossa vida, como na matemática, devemos:

- Somar alegrias;
- Diminuir tristezas;
- Multiplicar felicidade;
- E dividir amor.

Nestas dimensões, certamente todos gostamos da matemática.

Somar alegrias

Quem vive sozinho, longe dos outros, sem compartilhar alegrias, sem permutar experiências, diminui sua própria alegria e não alcança a felicidade. Ficamos, às vezes, penalizados, vendo tanta gente que ainda não fez esta descoberta. Pessoas que se fecham sobre si mesmas, por medo ou egoísmo, palmilham caminhos errados. Quem teme perder sua alegria, repartindo-a com os outros, ainda não aprendeu a psicologia humana.

Diminuir tristezas

A vida tem dessas compensações gratificantes. Quando conseguimos minorar a tristeza, nós é que saímos lucrando. Uma das mais profundas satisfações reservada a um coração humano é restituir o entusiasmo, a coragem e o otimismo aos irmãos da caminhada.

Multiplicar felicidade

Na família, no trabalho, na comunidade, em qualquer lugar onde plantamos felicidade, nós a multiplicamos. Felicidade partilhada é felicidade pessoal multiplicada.

Dividir o amor

Em matemática, quando dividimos um número pelo outro, o resultado final é sempre menor. Nas dimensões do amor humano, acontece exatamente o contrário. Dividir o amor com os outros é multiplicá-lo, é
aumentá-lo. Todo aquele que divide seu amor com alguém, descobre em seguida ter multiplicado seu amor.

Somar alegrias, diminuir tristezas, multiplicar felicidade, dividir o amor: é o mais lindo programa de vida que podemos abraçar.

O ser humano é comunicativo por natureza. Não aguenta viver sozinho. O individualismo é o caminho mais certo da infelicidade, para a solidão. Somar alegrias, diminuir tristezas, multiplicar felicidade e dividir amor é a rota mais segura da Alegria de Viver. São estes os misteriosos caminhos da vida.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

HIPÓCRITAS...


Hipócrita, por definição, é aquele que utiliza de dissimulação em todas suas atitudes, que usa de artifícios em todos os momentos de suas vidas ridículas e medíocres, que se fazem de bons de acordo com seus interesses, é claro!!!

Pode parecer ate dura esta definição, o que tornaria este meu texto um tanto quanto pesado para uma página voltada a escrever-se sobre a VIDA SIMPLES, por assim dizer. Não sou eu o dono de verdade alguma, nem, muito menos, conhecedor de todas as falhas de caráter das pessoas que nos cercam e que comigo convivem, na verdade e por mais que me esforce não consigo entender o porquê de certas atitudes das pessoas que, através das dissimulações que acima citei, cada dia que passa mais e mais nos decepcionam.

Há pessoas que usam dos mais infames dos artifícios para se promoverem, para que possam se “destacar” na sociedade, simplesmente por não terem atributos quaisquer que os façam se destacar. Usam de “poderes” que não conquistaram por mérito, mas sim por imposição da situação. Usam destes poderes hipócritas para se sobrepor aos que lhe são subordinados unicamente através do poderio econômico que lhes foi legado e, jamais, conquistados pelos mesmos méritos que citei antes, ou seja, os próprios. Infames hipócritas que se acham melhores que os outros apenas por pensarem ter mais, por apenas imaginarem que por terem dinheiro, status ou um pouco mais de conhecimento sentem-se melhores que os outros que estão, pensam eles, abaixo deles.

Diria melhor: Pobres hipócritas que se acham melhores que as demais pessoas. Pobres hipócritas que se escondem atrás de religiões, que se acham superiores por pregarem uma fé que nem ao menos praticam que se utilizam desta religiosidade patética apenas para aparecerem, que sequer imaginam o que é fazer o bem verdadeiramente, que não sabem que benemerência não é feita apenas àqueles que são afeitos ao seu meio de convivência, que julgam iguais somente aqueles que são praticantes de sua "FÉ", aqueles que são seus “irmãos” desta mesma fé e que os demais são seus “inimigos” e geram apenas discussões infundadas. Tristes hipócritas que possuem uma vida tão limitada, que sequer tem conhecimento profundo daquilo que professam, que apenas repetem aquilo que lhes é mandado repetir, como verdadeiras “vacas de presépio”. Sabe, para mim, este texto é uma espécie de desabafo, de desafogo de fatos que observei e presenciei tempos atrás e que me causaram, e quando paro para pensar, ainda causam espanto, tamanha a hipocrisia que demonstraram e, pior ainda, ainda demonstram.

É, definitivamente, este mundo esta cheia disso, em todas as esferas sociais. Mas tenho fé que um dia estas pessoas cairão em si e verão que há muito mais no mundo além de seus umbigos, há muito mais que seus micromundos, muito mais que seus castelos de infelicidade, onde reina a infelicidade, onde reina o falso amor, a falsa caridade.

Que me perdoem pelo, talvez, exagero, mas não poucas vezes a gente presencia cada barbaridade, cada atitude infundada e triste, diria mais, lastimáveis, dignas mais de pena do que ira, diga mais de piedade do que revolta. O fato é que alguma pessoas, até mesmo de nosso convívio diário não tem a capacidade de enxergarem, literalmente, um palmo diante de seus narizes, bitoladas que são, e apregoam uma FÉ que vociferam mas que não a praticam, de jeito nenhum. Triste constatação.

Fica aqui um protesto velado...e Deus nos tenha piedade...

METADE - Oswaldo Montenegro

domingo, 29 de junho de 2014

Aposte na simplicidade para ser feliz...



Há diversas maneiras de ser simples. Encontre a ideal para você e seja feliz!


Autor: Eugenio Mussak

Aprenda a diferença - essencial - entre ser simples e ser simplório


Felizmente existe a ideia da simplicidade, e esta é, digamos, simples desde sua origem. A palavra é formada por duas outras de origem latina: sin, que significa único, um só, e plex, que quer dizer dobra. Ser simples significa ter uma só dobra, ao contrário do complexo, que tem várias. Simples!

Simplificar significa evitar a complexidade e criar uma vida sem mistérios? Há uma diferença fundamental entre ser simples e ser simplório. Os simples resolvem a complexidade, os simplórios a evitam. Eu conheço pessoas sofisticadas, intelectualizadas, que levam uma vida plena, realizam trabalhos difíceis, apreciam leituras profundas e têm hábitos peculiares. E continuam sendo pessoas descomplicadas. Conheço também pessoas simplórias, com pouca profundidade, que realizam trabalhos repetitivos, que têm poucas ambições, que apreciam rotinas e evitam os sustos de uma vida aventurosa. E mesmo assim são pessoas complicadas, para elas tudo é muito difícil, em geral impossível.

Não há um paradoxo em construir uma vida simples em meio à vida moderna, cada vez mais exigente? Hiroshi criou a Ecovila Clareando, uma comunidade autossustentável no interior de São Paulo que atrai gente comprometida com a natureza e com seus valores, como a sustentabilidade, sem a ingenuidade das "sociedades alternativas" de antigamente, mas tendo a simplicidade como filosofia. Ele planta e produz praticamente tudo o que precisa para se alimentar, domina as técnicas de construção ecológica e de produção de energia limpa. Mas não é um isolado, viaja, participa de congressos, dá palestras, toca violão, compõe músicas. E é alegre em tempo integral.

Goldberg é professor da New York University, onde faz pesquisas sobre o cérebro humano, e consegue falar sobre seu funcionamento de maneira compreensível. Escreveu alguns livros, entre eles O Paradoxo da Sabedoria, em que afirma que, apesar do envelhecimento do cérebro, a mente pode manter-se jovem. Seus textos são o melhor exemplo de como se pode simplificar o complexo, pois são sobre neurofisiologia, mas qualquer um entende.

Eu não poderia imaginar vidas mais diferentes e, ao mesmo tempo, mais parecidas. Ambos carregam uma leveza própria das pessoas que decidiram não complicar, sem abrir mão de seus desejos, projetos, pequenos luxos, enfim, da vida normal. Pessoas assim, que fazem a opção da simplicidade, têm alguns traços comuns. Identifico cinco deles:



1. São desapegadas: não acumulam coisas, fazem uso racional de suas posses, doam o que não vão usar mais.

2. São assertivas: vão direto ao ponto com naturalidade, mesmo que seja para dizer não, sem medo de decepcionar, não "enrolam" nem sofisticam o vocabulário desnecessariamente.

3. Enxergam beleza em tudo: em uma flor no campo e em um quadro de Renoir; em uma modinha de viola e em uma sinfonia de Mahler; em um pastel de feira e na alta gastronomia.

4. Têm bom humor: são capazes de rir de si mesmas e, mesmo diante das dificuldades, fazem comentários engraçados, reduzindo os problemas à dimensão do trivial.

5. São honestas: consideram a verdade acima de tudo, pois ela é sempre simples e, ainda que possa ser dura, é a maneira mais segura de se relacionar com o mundo.

Ser simples, definitivamente, não é abrir mão de nada. É possível apreciar o conforto, a sofisticação intelectual, as artes, o prazer da culinária, a aventura das viagens e continuar sendo simples.

Pois ser simples não é contentar-se apenas com o mínimo para manter-se fisicamente vivo, uma vez que não somos só corpo, também somos imaginação, intelecto, sensibilidade e alma. E esta última é, sim, simples, mas não é pequena, a não ser, é claro, que a pessoa queira.

SIMPLICIDADE DE VIDA...

Nunca quis muito da vida, uma casa simples, uma companheira que goste do mesmo tipo de vida, amigos que também pensem assim...mas a vida nos leva por tantos caminhos, por tantos desvios...conhecemos tantas pessoas, muitas das quais fazem com que percorramos esses desvios e nos levam por outros rumos que não são exatamente aqueles os quais queríamos de fato...não que isso seja um erro...não mesmo...é, na verdade, aprendizagem...para alguns parece tudo ser tão mais fácil, para outros nem tanto...alguns tem um foco maior, outros nem tanto...mas o fato é que todos nós buscamos pela tal FELICIDADE...Mas o que é a FELICIDADE? Para alguns é TER, para outros é SER. Enfim. A FELICIDADE pode ter inúmeras interpretações, incontáveis pontos de vista. Para alguns a felicidade está baseada em uma mesa farta, para outros numa risada solta, para outros na solidão...mas a verdade é que a busca pela felicidade é, para todos nós, uma meta de vida.
Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade. Carlos Drummond de Andrade
Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho. Mahatma Gandhi
Existem, como podemos observar acima, inúmeras interpretação sobre a tal FELICIDADE, mas mesmo que eu a defina aqui sob o meu ponto de vista, 99,9% dos leitores irão discordar de mim, claro! Mas como o foco aqui é para que eu defina, de fato, como eu vejo a minha felicidade e não dizer a quem quer que seja o que fazer para ser feliz (longe de mim ser exemplo de alguma coisa), então passo a seguir a expor o que e como penso sobre a minha felicidade, numa sequencia de textos que tentarei publicar em um período de tempos...
A MINHA FELICIDADE, DA PESSOA QUE ESCREVE ESTE TEXTO, TEM NOME, SOBRENOME, CPF, RG E ENDEREÇO, TEM BELEZA, SINGELEZA, CABELOS NEGROS COMO UMA NOITE COM POUCAS ESTRELAS, POIS MESMO A NEGRITUDE DE SEUS CABELOS TEM BRILHOS E LUZ...A FELICIDADE, PARA MIM NÃO DEPENDE DELA, NÃO MESMO, MAS SE BASEIA NELA...SIMPLES ASSIM... NÃO SOU TRISTE, ESTOU TRISTE, ATÉ PORQUE A TRISTEZA É PASSAGEIRA...NÃO SOU INFELIZ, ESTOU INFELIZ, TAMBÉM PORQUE A INFELICIDADE É PASSAGEIRA...COMO TUDO, NA VIDA, ESTES SENTIMENTOS SÃO EFÊMEROS...NÃO QUERO COM ISSO AFIRMAR QUE A MINHA "FELICIDADE" SEJA A CURA DE TODOS OS MEUS PROBLEMAS, NÃO MESMO, MAS, NA VERDADE, É A BASE QUASE QUE FUNDAMENTAL, EU DIRIA, PARA QUE EU COMECE A VOLTAR A SER UMA PESSOA ALEGRE E FELIZ...MAS NÃO É TUDO!!! PARA MIM A FELICIDADE TEM INÚMEROS FATORES A SEREM CONSIDERADOS, MAS SERÁ BASE PARA OUTROS TEXTOS...
Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade. Georges Bernanos
DA FELICIDADE Quantas vezes a gente, em busca da ventura, Procede tal e qual o avozinho infeliz: Em vão, por toda parte, os óculos procura Tendo-os na ponta do nariz! Mario Quintana
LEMBRANDO SEMPRE...NÃO SOU TRISTE...ESTOU TRISTE...NÃO SOU INFELIZ...ESTOU INFELIZ...

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Isso revela porque você não deve levar a vida das pessoas do Facebook a sério...





Todo mundo no Facebook parece feliz... Divertidas aventuras, romances
profundos, trabalhos incríveis. É o suficiente para fazer você se sentir
para baixo, mas também é uma mentira. Ninguém é realmente tão feliz
quanto elas querem mostrar. O vídeo abaixo mostra isso de forma
brilhante:













Fonte:http://www.blogblux.com.br/2014/06/isso-revela-porque-voce-nao-deve-levar.html

https://www.youtube.com/watch?v=QxVZYiJKl1Y

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Não se preocupe porque...

A maioria das coisas com que você se preocupa NUNCA acontecerão! É engraçado, com o tempo a gente nota que essa frase não só é verdadeira como é quase uma LEI :) – Não podemos falar de Lei sobre algo tão vago, não é mesmo uma Lei, só que com o tempo – e tenho que repetir essa frase – percebemos que as coisas são assim, não sabemos os motivos, só são… Mas, se você prefere a Bíblia cristã também tem a mesma mensagem: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo.” Tem um provérbio chinês que fala o mesmo: “Se um problema não tem solução, por que se preocupar? Se ele tem solução, então por que se preocupar?” Não é genial? Poderíamos dizer ao ler algo assim “é… isso é verdade!” e então algum chato filosofando diria “E o que é a verdade?” A verdade é o que faz sentido, é o que não choca ou assusta, a verdade é leve e não provoca reações estranhas e sim uma sensação de aceitação diante daquilo que está escrito e que parece carregado do que chamamos de sabedoria sem saber exatamente de onde isso vem. Não se preocupe! :)

terça-feira, 24 de junho de 2014

Desconecte-se e experimente a verdadeira liberdade!

Sharon Sarmiento sabia que era hora de se desconectar quando percebeu que até seus sonhos envolviam mensagens publicadas em blogs e mensagens instantâneas imaginárias. Para Ariel Meadows Stallings, foram as horas perdidas em navegação pela internet que a fizeram sentir como se tivesse passado por um coma alcoólico. Ambas as mulheres são parte de um novo movimento sob o qual os adeptos da tecnologia, viciados em Internet, usuários maníacos de Blackberrys e remetentes compulsivos de mensagens instantâneas decidiram retomar o controle de suas vidas ousando se desconectar – nem que por apenas um dia. Encontrei esta notícia num portal da internet muito conhecido; ela fazia referência a um artigo que havia sido publicado na Reuters– uma das mais famosas agências de notícias do mundo. Muitas coisas passaram pela minha cabeça quando li esta notícia. Imaginei como ficaria ‘viciada em internet’ e o porquê desse vazio. Percebia que o que essas pessoas sentiam, outras tantas que conheço já sentiram, outras sentem e eu mesma já sofri dessa dor. À medida que essa angústia tomava forma concreta, percebia que nenhum usuário se torna ‘maníaco’ da noite para o dia. No entanto, isso vai acontecendo gradativamente na vida de cada um, quando uma simples necessidade de checar e-mails vai virando um acesso compulsivo, várias vezes ao dia, quando o passatempo de conversar com os amigos na rede vai tornando-se uma dependência aos sites de relacionamento. Navegar na internet, que antes era um entretenimento agradável, acaba por se tornar objeto de um esgotamento extremo, podendo ser comparado a um coma alcoólico. Percebendo o atraso e consequente sofrimento causado por tantas horas na web, Sarmiento, uma mulher de cerca de 30 anos que é dona de uma empresa virtual e blogueira profissional, no Alabama – EUA, partilhou em seu blog seus sonhos e disseminou uma nova ideia: passar um dia desconectado! Parece irônico utilizar um blog para divulgar esta ideia a internautas que levam o notebook ao banheiro e blogueiros que enviam mensagem de texto enquanto dirigem, mas parece que deu certo. Rapidamente (pois tudo na internet é incrivelmente veloz) e mundialmente (já que esta rede chega alugares inimagináveis) iniciaram uma campanha por um Dia Off. Algumas pessoas já partilhavam (na web, é claro!) experiências incríveis para estimular os outros. Sarmiento, inclusive, tem mandado carta (isso mesmo, cartas, aquelas que a gente faz à mão) para seus amigos e aproveitado as quartas-feiras para aulas de dança com o marido. O exemplo de Sarmiento é apenas uma demonstração de como a Internet vai nos tirando de atividades tão simples e prazerosas. Alguns lazeres simples e fraternos vão perdendo espaço para jogos complexos e solitários na frente do computador. Até mesmo e-mails e blogs que deveriam nos aproximar de quem está distante acabam nos prendendo de tal forma que esquecemo-nos dos vizinhos, ficamos sem tempo para jantar com um amigo e deixamos de acompanhar as alegrias e desafios dos de casa. A blogueira profissional confessa:
“Acredito que exista alguma porção de nós, onde vive o bom senso, que nos faz parar e pensar que as coisas foram longe demais e que vivemos conectados em excesso”.
Se pudesse vê-la, ou mesmo postar em seu blog, não diria, eu GRITARIA : ‘Sim, existe!! Existe mesmo algo dentro de nós chamado Espírito Santo que nos faz perceber que o que deveria nos libertar (porque felicidade também é liberdade) está nos sufocando’. Dessa forma, a Igreja nos diz que o homem é capaz de Deus, significando que: “O desejo de Deus está inserido no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar ”. O ‘mundo real’ com o qual a nossa alma deseja se conectar é a verdade e a Verdade: é Cristo! Existe um momento em que o nosso corpo pede que nos desliguemos de nós mesmos, para nos ligarmos a Deus, que em Sua Infinita Misericórdia nos espera. O homem, ao decidir-se por Deus, está utilizando-se da sua liberdade para optar pela Felicidade. Esta situação é apenas uma dentre tantas que deixam nossas almas dispersas e cansadas. Quantos de nós não já paramos para refletir e avaliamos que as coisas foram longe demais, que nossas vidas estão sem sentido e que, no fundo, nos sentimos incompletos?! Que o Espírito Santo, que clama em nós, nos auxilie a buscar ou retomar o caminho seguro! Este mesmo Espírito Santo que libertou a tantos das drogas, do álcool, de uma vida de pecado, do fechamento em si mesmo, hoje,nos convida à liberdade verdadeira, que provém do conhecimento de Deus. Por: Lorena Soares (Missionária da Com. Católica Shalom)

sábado, 21 de junho de 2014

O que você faria por amor?

por Sandra Cecília F.de Oliveira - relax.mental@uol.com.br O amor entre duas pessoas está muito além da “nossa compreensão”. (de uma música de Djavan) Assisti a um filme onde duas pessoas se apaixonam e traem por amor. A protagonista do filme mata o ex-marido para libertar o amante da prisão. O filme se chama: “Partir”. Matar, morrer, trair, fugir, tudo pode acontecer quando algumas pessoas amam. E será que elas amam mesmo? O amor na Terra está longe de corresponder à descrição do verdadeiro amor espiritual. No entanto, do jeito delas, elas amam. Querem ter a pessoa pertinho; beijar e fazer parte da vida da pessoa amada. É um frenesi onde o corpo e a alma vibram pela pessoa amada. A renúncia faz parte do amor verdadeiro. Algumas pessoas renunciam a viver um amor proibido para não trazer infelicidade a pessoas queridas. A felicidade de outrem depende exclusivamente de nós? No entanto, é difícil, conviver com a culpa e com os rastros de uma família destruída. Difícil também conviver com alguém vivendo na mentira e na conveniência da mesmice. O amor e a paixão podem vir juntos e durar muito, mas muito tempo... ou apenas uma noite. Ou semanas... Quando viajei para a casa da minha irmã em Natal, andei de bug nas areias de praias lindíssimas. E o dono do bug perguntou: “Com emoção? Ou sem emoção?” Ele se referia à velocidade do bug, o vento no rosto ou, então, mais devagar. A paixão é o amor “com emoção!” Ressuscita corações aprisionados pelo medo e por uma vida estéril e sem graça. O amor é a paixão com menos intensidade. A intensidade mexe com a adrenalina. Alguns amores começam assim. Os apaixonados vêem pássaros verdes e sentem borboletas no estômago. Nessa fase, o casal fica cheio de coragem para lutar pelos obstáculos. Sentem-se poderosos. Fortes. Unidos pelo destino. Muitos abandonam a família, carreira, tudo para viver esse amor. Acho interessante, porque se apegar ao que não existe mais é medo e apego. Passar por cima dos valores morais pode ser perigoso. Quando a adrenalina acaba o que resta é culpa e desamparo. Já atendi vários casos em que os apaixonados removeram obstáculos para permanecerem juntos. Alguns permanecem juntos e felizes até hoje. Outros não. A paixão acabou; o remorso veio com força. Matar a pessoa amada por amor é o cúmulo de uma paixão desenfreada! Isso não é amor, mas obsessão. Doença perigosa que pode atrair espíritos maus desencarnados que incentivam o desfecho trágico como um assassinato, por exemplo. Ciúme doentio não é amor. Desculpa de proteção para uma personalidade insegura e, às vezes, delinqüente. Orgulho e amor não andam juntos. O orgulhoso ama de modo doentio. O narcisista só vê a própria felicidade. O psicopata não ama, mas sabe dissimular. Essas almas acorrentadas por emoções brutalizadas precisarão de várias encarnações para resgatar seus erros. Amar a pessoa só enquanto ela está com a gente parece muito cômodo, mas essa é a incoerência do amor terreno. Se houver traição ou separação, o amor se transforma em ódio. Prender a pessoa amada através dos laços do egoísmo é perdê-la para sempre. Libertar e deixar ir é a linguagem do amor verdadeiro. Amar vale a pena quando você se torna melhor do que era antes de viver a paixão. Quando se torna mais doce e bondoso. Quando olha para o céu e se sente grato. Quando sente dentro de si a centelha divina. Esse amor traz felicidade, encanto, tesão e momentos lindos. Amar sempre valerá a pena! Pense bem no que você faria por amor! Lutar contra obstáculos e continuar juntos é uma vitória! Permanecer juntinho mesmo com uma crise pode ser a promessa de um futuro feliz! Pense bem no que você faria por amor e no que você não faria. Em primeiro lugar, pense em você! O amor a dois tem regras especiais. Precisa de confiança, troca de afeto e respeito. Amar somente não basta porque, às vezes, é sua vida que está em jogo. O amor não pede sofrimento doentio, mas libertação! Liberte-se de quem lhe acorrenta! O verdadeiro amor pede decisão e responsabilidade! Viver na caverna do computador por receio de amar é covardia! Saiba a diferença entre a prudência e o medo! A coragem para viver um amor responsável é a pérola das almas sábias! O amor não vive de promessas, mas de atitude!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Como viver em 13 lições...REMAKE...

1) Amo-te não por quem tu és, mas por quem sou quando estou contigo. 2) Nenhuma pessoa merece tuas lágrimas e quem as merece não te fará chorar. 3) Só porque alguém não te ama como tu desejas, não significa que não te ame com todo o seu ser. 4) Um verdadeiro amigo é quem te pega a mão e te toca o coração. 5) A pior forma de sentir falta de alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca o poderá ter. 6) Nunca deixes de sorrir, nem mesmo quando estás triste porque nunca sabes quem poderá enamorar-se do teu sorriso. 7) Podes ser somente uma pessoa para o mundo, mas para alguma pessoa tu és o mundo. 8) Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo. 9) Quem sabe Deus queira que conheças muita gente enganada antes que conheças a pessoa adequada para que, quando no fim a conheças, saibas estar agradecido. 10) Não chores porque já terminou, sorria porque aconteceu. 11) Sempre haverá gente que te irá magoar. Assim, o que tens de fazer é seguir confiando e só ser mais cuidadoso em quem confias duas vezes. 12) Converte-te em uma pessoa melhor e assegura-te de saber quem és antes de conhecer mais alguém e esperar que essa pessoa saiba quem és. 13) Não te esforces tanto, as melhores coisas acontecem quando menos esperas. Tudo o que acontece, sucede por alguma razão… Gabriel García Marquez

REPARE NAS 7 DIFERENÇAS...

1. Mudou o trono dourado por uma cadeira de madeira... Algo mais apropriado para o discípulo de um carpinteiro (O Sr. Jesus). 2. Ele não aceitou a estola vermelha bordada a ouro roubada do herdeiro do Império Romano, ou a capa vermelha. 3. Usa os mesmos sapatos pretos velhos, não pediu o vermelho clássico. 4. Usa a mesma cruz de metal, nenhuma de rubis e diamantes. 5. Seu anel papal é de prata, não de ouro. 6. Usa sob a batina as mesmas calças pretas, para lembrar-se de que é apenas um sacerdote. Você já descobriu a sétima diferença? (Retirou o tapete vermelho, Parece que não se interessa tanto pela fama e aplausos.) EXEMPLO DE HUMILDADE!!!

PRÉ CONCEITO

SER FELIZ...

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

terça-feira, 17 de junho de 2014

SABER OUVIR

O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranqüila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu fosse você..."

segunda-feira, 16 de junho de 2014

MEDO DE SER FELIZ...

5 de agosto de 2012 por Flávio Gikovate | 4 Comentários O encontro amoroso pleno é o sonho da maioria das pessoas que tenho conhecido. E como são poucas as que chegam lá! Será por coincidência? Seriam as dificuldades externas – obstáculos de todo tipo – que impediriam a realização do amor? Não acredito em nada disso. Penso que existe um “fator antiamor” presente em nossa mente. Trata-se do medo, que é derivado de várias fontes. A mais óbvia delas é a relacionada com a dependência. Sim, porque é absolutamente impossível amar sem depender, sem ficar na mão do ser amado. Se ele fizer mau uso disso, acabará nos impondo grande sofrimento e dor. É por isso que muitas pessoas preferem renunciar à entrega amorosa. Preferem ser amadas em vez de amar. Pode parecer esperteza, mas na realidade é covardia. Além da dependência, há vários medos relacionados à experiência do amor. Vou me dedicar a mais um, talvez mais importante que os outros. É o medo da felicidade. Nada faz uma pessoa tão feliz quanto a realização amorosa. Quando estamos ao lado do amado, a sensação é de plenitude, de paz. O tempo poderia parar naquele ponto, pois todos os nossos desejos teriam sido satisfeitos. No entanto, logo depois da euforia surge a inquietação, acompanhada de um nervosismo vago e indefinido. Parece que alguma desgraça está a caminho, aproximando-se a passos largos. Temos a impressão de que é impossível preservar tamanha felicidade. Não adianta nem mesmo seguir os rituais supersticiosos: bater na madeira, fazer figa… Aliás, tais atitudes derivam justamente da incredulidade que nos domina quando as coisas vão bem demais em qualquer setor da vida. Deixando de lado as importantes questões teóricas relacionadas à existência desse temor, podemos dizer que o medo da felicidade tem como base o receio de sua futura perda. Quanto mais contentes e realizados nos sentimos, tanto mais provável nos parece o fim desse “estado de graça”. Segundo um estranho raciocínio, as chances de ocorrerem coisas dolorosas e frustrantes aumentam muito quando estamos felizes. O perigo cresce proporcionalmente à alegria. Dessa forma, à sensação de plenitude vai se acoplando o pânico. Então o que fazemos? Afastamo-nos deliberadamente da felicidade. Cometemos bobagens de todo tipo: arrumamos um modo de magoar a pessoa amada, de inventar problemas que não existem ou exageramos a importância dos pequenos obstáculos. Escolhemos parceiros inadequados, prejudicando às vezes outras áreas importantes da vida: saúde, trabalho, finanças. Para reduzir os riscos de uma hipotética tragédia, procuramos um jeito de apagar nossa alegria. Enfim, criamos uma dor menor com o objetivo de nos proteger de uma suposta dor maior. O medo de perder o que se alcançou existe em todos nós. Porém, gostaria de registrar com ênfase que a felicidade não aumenta nem diminui a chance de fatos negativos acontecerem. Trata-se apenas de um processo emocional muito forte, mas que não corresponde à verdade. Felicidade não atrai tragédias! É só uma impressão psíquica. O que fazer para nos livrarmos dessa vertigem simbólica que torna a queda inevitável? Como sair do impasse e ter forças para enfrentar o amor? Só há uma saída, já que não se conhece a “cura” do medo da felicidade. É preciso diminuir o medo da dor. Assim, ganharemos coragem para lidar com situações que geram alegria e prazer. Perder o receio de sofrer é necessário até porque a felicidade poderá de fato acabar. Não tem cabimento, porém, deixar de experimentá-la, pensando apenas nessa eventualidade.
Todo indivíduo que andar a cavalo estará sujeito a cair. Só terá certeza de evitar acidentes quem nunca montou. Isso, repito, é covardia e não esperteza. Reconhecer em si forças suficientes para suportar a queda e ter energias para se reerguer mostra coragem e serenidade. Uma pessoa é forte quando sabe vencer a dor. Trata-se de um requisito básico para o sucesso em todas as áreas da vida, inclusive no amor. Ninguém gosta de sofrer, mas não é moralismo religioso dizer que superar as frustrações é a conquista mais importante para quem quer ser feliz. Você deseja a realização de seus sonhos? Então, tem de correr o risco de cair e se sentir capaz de sobreviver à dor de amor!

domingo, 15 de junho de 2014

TODOS OS MUNDOS

É, SE VOCÊ SOUBESSE...POR MIL MUNDO EU TE PROCURARIA E POR DEZ MIL VIDAS EU TE ESPERARIA, SE, NO FINAL DISSO TUDO, EU TIVESSE COMO PRÊMIO APENAS UM ÚNICO SORRISO SEU...

A HIPOCRISIA DA VERDADE...

A MENTIRA É A BASE DE TODAS AS RELAÇÕES DURADOURAS, ouvi esta frase em um filme, e depois disso fiquei pensado sobre o assunto e sei que isso pode soar um tanto quanto meio chocante, mas é um fato que, se analisarmos com a mente aberta veremos que é sim. Se não, vejamos. De hoje em diante passe a falar somente a verdade, completamente a verdade; fale tudo o que pensa sobre seu companheiro ou sobre sua companheiras, o que pensa, de verdade, sobre seus irmãos e irmãs, sobre todos os seus familiares e amigos. Será que você consegue? Será que você teria coragem de dizer, na cara de cada um deles, tudo o que você realmente pensa sobre eles? Não, né? Claro que não!!! Então, vem daí a teoria da HIPOCRISIA DA VERDADE. Pense sobre isso. Aí vem a pessoa e diz: "EU ODEIO MENTIRAS" ou, pior ainda, "EU SÓ FALO A VERDADE, NUNCA MINTO!!!", seria cômico, se não fosse trágico, não é VERDADE? Então, tá...lançamos aqui o desafio...tente e depois me contem como que foi...eu duvido que consiga, mas eu desafio... “É mais fácil separar a água do vinho que a hipocrisia da verdade no julgamento das ações humanas.” ―Carlos Malheiro Dias Aqui transcrevo um texto que diz bem o que desejo transmitir:
Fico me indagando em até que ponto o ser humano é verdadeiro...Vou mais além, O QUE É A VERDADE? Se você sabe a resposta para essa pergunta, por favor me diga, porque sinceramente eu não sei! Definição de Verdade no Dicionário Português: s.f. Identidade de uma representação com a realidade representada; exatidão, autenticidade: verdade histórica. O que é certo, verdadeiro: quer saber a verdade. Princípio certo, constante; axioma: verdade matemática. Boa-fé; sinceridade: falar com verdade. Fico aqui pensando, na teoria a definição de Verdade é perfeita, mas e a prática? As pessoas realmente praticam o que a teoria diz? Infelizmente, a resposta é não! Aí, você que está lendo essas divagações, pode estar pensando: " Mas a Verdade é algo relativo". Sim, o que pode ser verdade para mim, pode não ser para você....Confuso né? Para Nietzsche, por exemplo," a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira". Olhando para o mundo de hoje, a definição de Nietzsche talvez é a mais aceitável. Eu sempre tive o costume de observar muito o comportamento humano e a verdade sempre será aquela que convém ao ser humano. Sim, porque somos egoístas e egocentrista,sempre temos a tendência de crer que as opiniões e os interesses próprios são mais importantes que os pensamentos dos demais.....Enfim, a nossa Verdade sempre prevalece! Só que no meio de tudo isso, temos um pequeno problema: O SER HUMANO, MUITAS VEZES, NÃO CONSEGUE SER VERDADEIRO NEM COM ELE PRÓPRIO. Difícil olhar para si mesmo e admitir quem verdadeiramente somos, machuca ser sincero consigo mesmo e admitir muita coisa errada que existe "dentro de nós". Resultado disso, vivemos uma vidinha medíocre, muitas vezes nos enganando que somos uma pessoa que sabe que não é para ser aceito por uma sociedade que se importa com valores fúteis e materialistas. Que prega que para ser feliz, tem que ser bonito, magro, rico, bem sucedido, ter um carro do ano, uma mansão e uma família estilo daquele filme "Amor por Contrato"....Quanta hipocrisia! O pior é quando alguém quebra esse "padrão de aparência", e se mostra como realmente é: Com defeitos, medos,fragilidades,carências, sonhos....Pessoas com opiniões próprias que tem a coragem de serem sinceras em dizer o que realmente pensam, as suas verdades (que pode não ser para a outra) mas pelo menos estão sendo elas próprias.....O que acontece na maioria das vezes???? A pessoa é rotulada como grossa, egoísta, verdadeira demais, sincera demais e, muitas vezes, acabam sendo ignoradas ou afugentando o hipócrita que não sabe escutar e lidar com pessoas que se recusam a viver nesse mundo de conto de fadas! Triste viver nesse mundo de aparências...E outra coisa, as pessoas não estão preparadas para serem sinceras ou ouvir verdades! Quanto mais sincero você é, mais inimigos você coleciona...E sabe por quê? Por que a humanidade é feita de muitas mentiras e poucas verdades, de fato! E isso é tão verídico que a própria Verdade veio aqui na Terra em forma de carne e quando chegou, quase foi morto por um rei que tinha medo de perder seu reino terreno... Logo depois, com 33 anos morreu numa cruz, por que aqueles que o crucificaram não O aceitavam como Verdade. Como falei, a humanidade não gosta de sinceridade. E VIVA O MUNDO PERFEITO DE PESSOAS HIPÓCRITAS COM SUAS VIDAS FANTASIOSAS DE MÁSCARAS!!!!!

MINHA INTUIÇÃO...

MEU DEUS, SEI QUE NÃO DEVERIA, MAS AINDA ME SURPREENDO COM ALGUNS "SERES HUMANOS"...ACHO QUE SE FREUD FOSSE VIVO, LITERALMENTE, ELE ENLOUQUECERIA...NÃO É FÁCIL, NÃO!!! MAS DE UMA COISA ME ORGULHO, MINHA INTUIÇÃO SOBRE AS PESSOAS NÃO FALHA MESMO...GRAÇAS A DEUS!!!

sábado, 14 de junho de 2014

SIMPLIFIQUE A SUA VIDA!!!

Tudo o que é belo tende a ser simples. Afirmação generalizante? Não sei. O que sei é que a beleza anda de braços dados com a simplicidade. Basta observar a lógica silenciosa que prevalece nos jardins. Vida que se ocupa de ser só o que é. Não há conflito nas bromélias, não há angústia nas rosas, nem ansiedades nos jasmins. Cumprem o destino de florirem ao seu tempo e de se despedirem do viço quando é chegada a hora. São simples. Não querem outra coisa, senão a necessidade de cada instante. Não há desperdício de forças, não há dispersão de energias. Tudo concorre para a realização do instante. Acolhem a chuva que chega e dela extraem o essencial. Recebem o sol e o vento, e morrem ao seu tempo. Simplicidade é um conceito que nos remete ao estado mais puro da realidade. A semente é simples porque não se perde na tentativa de ser outra coisa. É o que é. Não desperdiça seu tempo querendo ser flor antes da hora. Cumpre o ritual de existir, compreendendo-se em cada etapa. Já dizia o poeta: "Simplicidade é querer uma coisa só". Eu concordo com ele. O muito querer nos deixa complexos demais. Queremos muito ao mesmo tempo, e então nos perdemos no emaranhado dos desejos. Há o risco de que não fiquemos com nada, de que percamos tudo. Aquele que muito quer corre o risco de nada ter, porque o empenho e o cuidado é que faz a realidade permanecer. O simples anda leve. Carrega menos bagagem quando viaja, e por isso reserva suas energias para apreciar a paisagem. O que viaja pesado corre o risco de gastar suas energias no transporte das malas. Fica preso, não pode andar pelo aeroporto, fica privado de atravessar a rua e se transforma num constante vigilante do que trouxe. A simplicidade é uma forma de leveza. Nas relações humanas ela faz a diferença. O que cultiva a simplicidade tem a facilidade de tornar leve o ambiente em que vive. Não cria confusão por pouca coisa; não coloca sua atenção no que é acidental, mas prende os olhos naquilo que verdadeiramente vale à pena. Pessoas simples são aquelas que se encantam com as coisas menores. Sabem sorrir diante de presentes simbólicos e sem muito valor material. A simplicidade lhe capacita para perceber que nem tudo precisa ter utilidade. E por isso é fácil presentear o simples. Dar presentes aos complicados é um desafio. Não sabemos o que eles gostam, porque só na simplicidade é possível conhecer alguém. Só depois que as máscaras caem pelo chão e que os papéis são abandonados a gente tem a possibilidade de descobrir o outro na sua verdade. Eu gostaria de me livrar de meus pesos. Queria ser mais leve, mais simples. Querer uma coisa só de cada vez. Abandonar os inúmeros projetos futuros que me cegam para a necessidade do momento. Projetos futuros valem à pena, desde que sejam simples, concretos e aplicáveis. Não gostaria que a morte me surpreendesse sem que eu tivesse alcançado a simplicidade. Até para morrer os simples têm mais facilidade. Sentem que chegou a hora, se entregam ao último suspiro e se vão. Tenho uma intuição de que quando eu simplificar a minha vida, a felicidade chegará em minha casa, quando eu menos esperar. ( Padre Fábio de Melo )

sexta-feira, 13 de junho de 2014

QUAL O SENTIDO DA VIDA?

Fomos atrás de caminhos para que você consiga encontrar a sua rota em direção à felicidade e à satisfação pessoal. Publicado em 01/10/2013 POR Rosane Queiroz Edição 136 - revista vida simples - editora abril O sentido da vida é que a vida acaba. Foi a lembrança que me ocorreu numa tarde de inverno, quando, caminhando, olhei para o céu e vi um azul tão azul, mas tão azul, que a única coisa que parecia fazer sentido era ficar ali, à toa, sentindo aquele solzinho. Mas justo naquela quarta-feira azulzíssima eu tinha uma missão: escrever sobre o sentido da vida. Bem que poderia começar e terminar com a primeira frase. Precisa mais? Se a vida acaba, nada melhor a fazer do que curtir o céu, o sol, a ausência de nuvens. Por um momento, desejei ser Enriqueta, personagem do cartunista argentino Liniers. Nos quadrinhos, a garotinha cheia de humor e personalidade se dedica às coisas simples da vida, sempre acompanhada de Fellini, seu gato de estimação. Deitar na grama e contar estrelas, ler debaixo de uma árvore e passar horas no balanço, enquanto Fellini persegue borboletas, são algumas das ocupações favoritas de Enriqueta, capaz de observar uma folha rodopiando ao vento e perguntar a ela: "Onde você aprendeu a dançar?". O pai dessas criaturas delicadas é o argentino Ricardo Siri Liniers. Conhecido pela série Macanudo (bacana, na gíria castelhana), que traz Enriqueta e outros pesonagens, como pinguins e duendes de longas toucas, Liniers, aos 40 anos, é um mestre do gênero cômico que concentra, em quadrinhos, humor, crítica e questionamento existencial. "Prefiro as pessoas que se perguntam sobre o sentido da vida do que as que propõem a resposta", diz ele, ao telefone, de um quarto de hotel em Mendoza, na Argentina, onde passava férias. "Estamos todos nesta mesma bola, girando no Universo. A graça está no mistério. Se soubéssemos as respostas, a vida seria tediosa", acredita Liniers. O sentido de sua própria existência, ele desenhou aos poucos. "Sempre me pareceu muito difícil que conseguisse viver de `historietas¿. Mas não havia um plano B. Era uma questão passional", conta. Com tiras diárias no jornal La Nación, Liniers se tornou cult e ganhou o mundo: seus quadrinhos são publicados na França, Itália, Espanha, República Tcheca, Peru, México, Canadá. E, claro, no Brasil, onde tem uma coleção de fãs. Como chegou longe assim é algo "misterioso como o mar". A inspiração, muitas vezes, vem das filhas de 3 e 5 anos. "Elas me fazem reviver as dúvidas existenciais", diz. Ou da natureza, como em uma viagem à Antártida, "um planeta gigantesco, assustador", onde se sentiu "chiquito". "É preciso se sentir pequeno para ter a dimensão real dos problemas. A vida é um minuto", reflete. Admite que já se sentiu sem rumo diante da perda de um amigo. Se tivesse de indicar o sentido da vida em uma estrada, o que escreveria na placa? "Ay que ser buena gente", em bom espanhol. "Mas não porque ser bom traga alguma recompensa. Ser bom é a recompensa", sublinha Liniers. Primeira à direita: desfrute da paisagem Sigo em frente com a metáfora da estrada. De brincadeira, recorro ao Google Maps. Pronto: o Sentido da Vida fica na avenida dr. Antonio de Barros, 90, Centro, Atalaia, Paraná. Trata-se de uma escola, a 555 quilômetros de São Paulo. Como em uma caça ao tesouro, continuo sem noção de como chegar ao x do mapa. Peço pistas aos passantes: a amiga, a faxineira, o motorista que me leva a uma entrevista. Enquanto ele me leva ao meu destino, faço a pergunta e ele responde surpreso: "O sentido da vida?...". Sua razão de viver são "as crianças", como se refere aos filhos, um rapaz na faculdade e uma menina no colegial. "Mas deve ter algo mais, né?", diz. Desço do carro culpada por botar tamanha minhoca na cabeça daquele homem. As respostas, a essa altura, soam tão díspares como "salvar o planeta" ou "preparar o purê de batatas perfeito". Numa noite, conversando com Anita, minha filha de 9 anos, insisto na pergunta. "Nossa, mamãe, que assunto dramático!", exclama ela, sem saber o que significa a palavra sentido. Traduzo: "Por que a gente está aqui nessa vida?". "Ah, para viver a vida, né?", diz ela, puxando as cobertas. No dia seguinte, recebo o link para um estudo que investiga o sentido da vida, publicado na revista britânica Journal of Humanistic Psychology. Dirigida por Richard Kinnier, da Universidade do Arizona (eua), a pesquisa partiu da análise de frases e escritos de 200 pensadores - do escritor Oscar Wilde ao imperador Napoleão. Conforme o estudo, para uma minoria de pessimistas como Freud, o criador da psicanálise, e o escritor Franz Kafka, a vida não tem sentido. Para outro grupo, formado por gente como Napoleão e o físico britânico Stephen Hawking, a vida é um mistério. Poucos e bons, como o cantor Bob Dylan, acreditavam que a existência não passava de "uma piada". Já os idealistas diziam que o que vale é "amar, ajudar os demais". Caso do indiano Mahatma Gandhi, que afirmou: "Encontro minha felicidade me colocando a serviço de todas as vidas". Por fim, o resultado: "A vida é para ser desfrutada". Ao menos era essa a crença de 17% das personalidades, algumas tão opostas como o ex-presidente norte-americano Thomas Jefferson e a cantora Janis Joplin, que morreu aos 27 anos e cantava "aproveite enquanto puder". Ou seja, depois de analisar os escritos de 200 pensadores, a conclusão do estudo acadêmico foi a mesma de minha filha de 9 anos (!). Curva suave à esquerda: não pense, sinta O enigma que atormenta a humanidade guarda em si uma segunda questão: se a viagem importa mais do que o destino, como fazê-la valer a pena? As respostas estão quase sempre ligadas a crenças religiosas ou filosóficas. Na Antiguidade, a felicidade era a meta, em diversas correntes de pensamento. Para Platão, a alma só ficaria feliz se equilibrasse razão, coragem e instinto. Aristóteles, por sua vez, não julgava a felicidade como uma condição estática. Ele pregava que ela só poderia ser encontrada na contemplação da vida. Na Idade Média, quando o Cristianismo dominou a Europa, a religião transferiu o sentido existencial do individual para o coletivo. A vida terrena entrou em segundo plano, diante da incrível possibilidade de vida eterna. Nesse ponto, o assunto rende tanto que não caberia aqui. No século 19, foi a vez do existencialismo. Nesta vertente filosófica, o dinamarquês Kierkegaard pôs nos ombros do homem a responsabilidade por seu destino. Na visão dos existencialistas, cada ser humano tem o livre-arbítrio e deve dar à própria existência um sentido. Com auge nos anos 50, a filosofia seduziu pensadores como Sartre e líderes espirituais como o indiano Osho, um cultuado místico contemporâneos, que afirmou: "A vida nem tem sentido nem é sem sentido. A questão é irrelevante. A vida é simplesmente uma oportunidade, uma abertura. Depende do que você faz dela. Depende de que sentido, que cor, que canção, que poesia, que dança você dá à vida". O autodesenvolvimento é um atalho precioso nessa busca. Conta-se que, no portal do Oráculo de Delfos, na Grécia antiga, havia dois escritos: "Nada em excesso" e "Conhece-te a ti mesmo". Equilibrar os anseios da alma com as cobranças do mundo moderno é o desafio. "Temos um mundo interno, subjetivo, marcado pelo desejo. Mas há o mundo externo, com suas demandas. Se a vida ficar à mercê de apenas um deles, será prejudicada, ou pelo narcisismo ou pela submissão aos outros", pondera o psicanalista Roberto Girola. Ele compara o sentido da vida a um alinhamento desses mundos, em torno de um eixo. "É o eixo onde organizamos nossa ética e estética, ou seja, os valores e a maneira de ver a vida. Esse alinhamento confere uma dimensão sagrada à existência". Há quem acredite que "largar tudo" e morar nas montanhas é a trilha ideal para chegar lá. Para outros, a vida urbana, a rotina profissional, a dedicação a uma causa humanitária, podem fazer tanto sentido quanto. Até porque o sentido da vida também é mutante. Para o estudante, é passar no vestibular. Para o formando, encontrar trabalho. O segredo está em identificar o que dá significado à sua vida. A bióloga Fernanda Yokoyama de Carvalho, 35, se encaixa no primeiro grupo. Mãe de quatro filhos, ela e o marido, Ricardo, iniciaram a vida juntos num vilarejo sem luz elétrica, em Lençóis Maranhenses (ma). Seis anos depois, sentiram falta de estrutura e seguiram para São Paulo. Os banhos de lagoa deram lugar a dias diante do computador. "Ricardo chegava em casa, as crianças já estavam dormindo. Fui entristecendo", lembra Fernanda. Grávida do caçula, a bióloga, que sempre gostou de cozinhar, decidiu apostar na gastronomia natural. Assim surgiu a Cozinha da Flor, uma empresa de congelados orgânicos, instalada em um sítio em Santo Antônio do Pinhal (SP). "Foi como plugar a vida de volta na tomada", diz ela. Para quem ensaia uma mudança similar, Fernanda recomenda: "Não pense, sinta. Procure resgatar seu sonho mais antigo, mesmo que pareça utópico. Esse sonho é sagrado". A saída é por dentro: a porta é o silêncio O resgate do sonho de ser astronauta, emblemático entre as crianças, é o ponto de partida do livro Sonhar é a Magia da Vida (ed. Ônix). Na ficção, um advogado abandona sua carreira e vai atrás do sonho de infância. O autor, o advogado Daniel Kaltenbach, ao contrário do personagem, não "largou tudo". Aos 41, é vice-presidente de um grupo financeiro. "A maioria das pessoas não vive, deixa-se viver. Aquelas que têm prazer no que fazem são as que cumpriram seus sonhos", acredita. "Quando desenterramos esses sonhos, o Universo conspira a favor. Caso contrário, é como andar na contramão", diz. "Todos os caminhos levam a lugar nenhum, mas alguns caminhos têm coração", sugere o índio Dom Juan, no best-seller dos anos 70 A Erva do Diabo, de Carlos Castaneda. "Mas como saber se o caminho tem um coração?", questiona o aprendiz. "Qualquer pessoa sabe disto. O problema é que ninguém faz a pergunta. Um caminho sem coração nunca é agradável. Tem-se de trabalhar muito para segui-lo. Por outro lado, um caminho com coração é fácil", responde Dom Juan. "Na cultura indígena, o que dá sentido a vida é o espírito", emenda o ambientalista Kaká Werá, índio de origem tapuia, idealizador do Instituto Arapoty, que difunde os valores indígenas. "A vida é esse espírito manifestado em diversas formas. Em algumas tribos, ela é como um sopro divino que se corporifica. O desafio é vivê-la de acordo com a harmonia que nos inspira este mistério", diz. A natureza, em que tudo se conecta, revela o sentido da vida. "A natureza nos ensina a lei da interdependência que existe em cada coisa vivente. Ensina que a diversidade gera mais abundância. Isso é lição de amor e de unidade, na prática", diz. E deixa a dica: "A saída é por dentro. A porta é o silêncio". Ponto final: bem-vindo ao ponto de partida Aos 43 anos, a escritora americana Cheryl Strayed é sinônimo de best-seller. Ela é autora de Livre -A jornada de uma mulher em busca do recomeço (ed. Objetiva), em que narra sua saga de 1.700 quilômetros por uma árdua trilha, e que vai ganhar as telas de cinema em breve, com roteiro de Nick Hornby. Seu segundo livro lançado no Brasil, Pequenas Delicadezas, reúne o melhor de sua coluna Cara Doçura, em um site de literatura, onde ela atua como conselheira para desorientados de todos os tipos. O maior volume de cartas recebidas tem a ver com o amor romântico. "Queremos ser amados e aceitos. Cada carta me lembra quão fortes e resilientes somos capazes de ser, e ao mesmo tempo tão frágeis", acredita Cheryl. O sentido da vida, finaliza, é o amor. "Estou aqui para amar. O amor é a força mais poderosa que existe na terra - o amor romântico, o amor familiar, o amor de amigos e de filhos. Se formos bem no amor, estamos bem em todo o resto", diz a autora. Recebo as respostas de Cheryl por e-mail, em mais uma quarta-feira azul. Olho para trás e percebo que, sem a menor ideia do que dizer sobre "o sentido davida", o texto se fez na busca. Não há um sentido só. Não existe ponto final. É no caminho que encontramos a escuridão e também a luz. Nada melhor, então, do que dar uma volta e conferir mais uma das máximas de Liniers, em uma tirinha de Enriqueta e Fellini: se o planeta está dando voltas no espaço, todos os dias são uma viagem. Liniers é um artista argentino, que tem trabalhos publicados em boa parte do mundo . Essa é sua estreia em Vida Simples. Rosane Queiroz também está estreando por aqui. É dela, ainda, o texto da subseção Transformação, no Compartilhe.

INTUIÇÃO...

MEU DEUS, SEI QUE NÃO DEVERIA, MAS AINDA ME SURPREENDO COM ALGUNS "SERES HUMANOS"...ACHO QUE SE FREUD FOSSE VIVO, LITERALMENTE, ELE ENLOUQUECERIA...NÃO É FÁCIL, NÃO!!! MAS DE UMA COISA ME ORGULHO, MINHA INTUIÇÃO SOBRE AS PESSOAS NÃO FALHA MESMO...GRAÇAS A DEUS!!!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Senhor! Permita

Que eu aceite as minhas derrotas assim como fico feliz com minhas vitórias. Que a cada dia eu possa agradecer pelo nascer do sol como pela noite que se vai. Que eu possa perdoar a quem me fere sem mágoas, sem me sentir uma vítima por isso. Que eu entenda que as dificuldades da vida fazem parte do meu crescimento como ser humano. Que eu possa ser um ombro amigo a quem precise, sem me sentir especial por isso. Que eu seja humilde e perceba que à minha volta outros sofrem bem mais do que eu. Que eu consiga sorrir mais, chorar menos e ser feliz com o que me destes. Que eu consiga aprender que sou apenas mais um ser vivo nesse imenso universo só Seu, e respeite todas as outras formas de vida como sendo criação Sua. Que eu aprenda que a vida me foi dada de presente e não tenho o direito de tirá-la pois a Ti ela pertence. Que eu tenha mais bondade, piedade, carinho, compreensão e amor para com meu irmão. E principalmente, me ensine a não pensar em mim, deixando de ser egoísta até em minhas orações usando o pronome "EU". Obrigado Senhor !!! (Autoria Vilgarta)

ORAÇÃO DO RECOMEÇO

🌻Oh! Deus, me impeça de mais uma vez fechar as portas para o novo que quer entrar em minha vida. 🌻Dai-me esperança e confiança de que ex...