sexta-feira, 25 de junho de 2010

APÊGO MATERIAL...

Estou no mercado de trabalho há mais de vinte anos e, até hoje, me espanto o quanto o dinheiro, ou melhor, o poder econômico, baseado no apego material fala mais alto, quando se fala em seres humanos. É, verdadeiramente uma tristeza quando vemos o que as pessoas são capazes de fazer para defenderem aquilo que consideram como seu bem principal, ou seja, o dinheiro, o chamado patrimônio. As pessoas são capazes de verdadeiras aberrações, em nome daquilo que chamam de crescimento econômico, chamam de sucesso empresarial. Não falo de forma socialista, nem tão pouco de forma comunista, falo do ponto de vista espiritualista, do ponto de vista humanista, haja vista a necessidade que teríamos de nos tornarmos cada vez mais “humanos”, fato que acontece, justamente ao contrário. Ao contrário do que muitos pensam, talvez por isso seja uma pessoa de parcas condições financeiras, acredito que nosso maior patrimônio e o maior tesouro que podemos acumular são nossos sentimentos em relação às pessoas que nos circundam, nossas amizades, nossos amores, considerando sempre que devemos suprir sua necessidades materiais, da melhor maneira possível, para somente depois, pensar em suprir nossas próprias necessidades de lucro e de acumulo de bens materiais. Vejo alguns patrões cometerem verdadeiras injustiças em nome daquilo que pensam ser o verdadeiro sentido da vida, que é o progresso a qualquer custo. Do que valeria a pena se nosso progresso pessoal baseia-se no fato de estar galgando degraus pisando sobre aqueles que, hoje, são meus subalternos? Tenhamos certeza de que em nada adiantará, pois cedo ou tarde acordaremos para a “realidade” e veremos que nada do que fizemos, no decorrer deste tipo de vida, valeu realmente a pena. Valeria sim se isso fosse feito em comum com aqueles que nos cercam e dos quais dependemos diretamente, mas que, devido ao ao nosso orgulho, nos recusamos a admitir essa necessidade.
Pessoalmente tenho pena daqueles que, no decorrer de suas vidas, tornaram-se escravos de suas riquezas, escravos de seus bens materiais, que não dão um só passo sem se preocupar com os bens que deixa para trás, pois temem, todo o tempo, que alguém estaria de olhos em seus bens e, na sua primeira bobeada, estaria ali para se apossar deles. Pobres criaturas que dormem e acordam preocupadas com seus acúmulos de bens, dormem e acordam preocupados em ganhar cada vez mais custe o que custar. O APEGO MATERIAL é, sem sombra de dúvidas, o grande causador dos problemas sociais que, hoje, enfrentamos em todo o mundo. Ele, baseado no orgulho e no egoísmo, é o responsável direto por tudo o que acontece hoje no mundo inteiro, desde guerras, assassinatos, seqüestros, etc... Tudo feito por dinheiro, por acumulo cada vez maior de bens materiais. Não nego a importância que o dinheiro tem em nossas vidas, nos dias de hoje, mas o fato é que levamos isso muito longe, esquecendo-nos do verdadeiro bem que possuímos que é nossa vida, nossos entes queridos e nossas consciências tranqüilas. Que tristeza é ver uma pessoa sufocada por este medo e, tenham certeza, hoje não são poucos os que vivem desta forma, conheço, pessoalmente, muitos que pensam desta forma, e que acabam por sacrificar seus mais próximos, fazendo-os viver a sua ausência, tudo em nome do ganho cada vez maior.
Devemos nos conscientizar da necessidade que temos, todos, da espiritualização, do desapego, do abandono desta nossa vida baseada, pura e simplesmente, no ganho cada vez maior, temos que acordar, o quanto antes, de isso de nada valerá se, ao chegarmos lá na ponta e, ao olharmos para trás, vermos todos aqueles que pisamos para chegar onde estamos naquele momento, chegando a conclusão que, realmente, nada valeu tanto a pena assim. Mesmo para aqueles que se sentirem nesta incomoda posição, ainda é tempo de mudar. PARA TANTO BASTA APENAS QUE QUEIRAMOS...

INTELIGÊNCIA HUMANA...

A capacidade humana de inteligência é algo que, não poucas vezes, nos é surpreendente, não é mesmo? Da mesma forma que ininteligência também o é. Vemos cada situação proporcionada pela atitude “humana” que nos é surpreendente o grau de maldade que o ser humano, dito “racional, é capaz de cometer. São verdadeiras atrocidades contra os próprios seres humanos tanto quanto os nossos irmãos menos inteligentes do que nós, mais conhecidos como animais irracionais. Outro dia ao ver uma matéria sobre os chamados “pet shop”, lojas apara animais, vi o quanto ignorante um ser humano pode ser em relação a questões de tão pouca importância. São roupas para cães que chegam a custar verdadeiras fortunas, padarias para fazerem guloseimas para cães e gatos, não que estes nossos amiguinhos não mereçam ser bem tratados, mas padaria para cães e gatos, num pais onde a grande maioria da população vive na faixa da pobreza absoluta, chega a ser um desaforo. Creio que, quando DEUS nos deu a inteligência não supos que o homem chegaria a este ponto de “racionalidade”. A última coisa que nos preocupa, na maioria das vezes, é o nosso próximo, é o problema que aflige o nosso companheiro.
O ser humano é tão “racional” que chega a ponto de criar inutilidades tão grandes, como as citadas acima, antes de se preocupar com questões mais sérias e necessárias como, por exemplo, questões sociais realmente verdadeiras e iminentes quanto à fome, as doenças, a verdadeira pobreza que assola todo o nosso planeta. Seres humanos racionais preferem gastar seu dinheiro com roupas para cães ao invés de agasalhar um companheiro próximo, preferem comprar rações cada vez mais caras, do que doar uma cesta básica por mês para uma família pobre que vive perto de sua casa.
Alguma vez o amigo já parou próximo a uma região bem pobre de sua cidade e ficou observando como é indigna a condição de pobreza absoluta? Já viu o quanto é doído o choro de uma criança que está com fome? Se não, aconselho-o a fazê-lo, mesmo que uma única vez, creio ser a melhor terapia para aqueles dias em que xingamos o mundo simplesmente pelo fato de não termos carne para o almoço, ou por não estarmos com a roupa que gostaríamos de ter comprado. Uma visita dessa é capaz de nos refazer de qualquer percalço que, por ventura, tenha nos assolado. A pobreza, na faixa absoluta, dói, humilha, ofende pelo simples fato de vivê-la, pelo simples fato de existir e creio que, sem demagogias, que o melhor caminho para a solução não é o FOME ZERO do LULA, nem qualquer outro projeto que por ventura exista ou venha a existir, ajuda, mas não resolve. O melhor caminho é a fraternidade irmanada da caridade verdadeira. Aquela feita de coração, se cada um de nós puder doar uma cesta básica a cada dois meses a uma família pobre, ou simplesmente doarmos um tempinho para uma conversa verdadeiramente amiga, grande parte destes problemões estariam resolvidos, com certeza. PENSEMOS NISSO E FAÇAMOS A NOSSA PARTE, CADA QUAL A SUA ...

Patriotismo Sazonal

(Netto Cruanes)

Em época de Copa, voltamos a ver as bandeiras do Brasil penduradas nas janelas, nas antenas dos carros, pulseirinhas "verde-amarelas", unhas e cabelos pintados, roupas de cachorros ou até sapatos coloridos, além, claro, das tradicionais camisas amarelas. Ainda mais com os últimos títulos conquistados pela seleção de Dunga, que a colocam como uma das favoritas ao título este ano.
Ao sair de casa, faltando cerca de uma semana para o início do mundial, reparei que as bandeiras, que até então deveriam estar dobradas em alguma gaveta, tremulam com orgulho em cada janela. E quem não tinha uma em casa, correu comprar. Mas me pergunto até onde vai este "patriotismo sazonal". Metade das bandeiras voltara para a tal gaveta em caso de uma eliminação precoce da seleção. A outra metade deve durar até uns 5 ou 10 dias após o término da Copa. Não mais do que isso. É um fator acima de tudo cultural. Repare nos costumes de outros países, os americanos dão exemplo: diversas casas possuem a bandeira nacional na janela, no quintal, ou mesmo na parede dentro de casa, e pasme - estão sempre lá, não são recolhidas após uma derrota no esporte ou algo semelhante. Apesar da onda anti-americana, que está já há algum tempo em alta por aqui, devemos reconhecer um bom exemplo como este, patriotismo apaixonado.
Voltemos à pátria amada. Acaba ficando sem sentido (ou até mesmo contraditório) vestir uma camisa da seleção canarinho tendo pensamentos tão pequenos e tão contrários ao nosso próprio progresso. Ou melhor, à nossa ordem e progresso. Talvez a camisa seja mais procurada pela moda do que pelo conceito. Mas essa já é outra história.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

ARRISQUE-SE E VIVA...

A vida exige enorme coragem. Os covardes apenas existem, não vivem, porque toda vida deles é orientada pelo medo, e uma vida orientada pelo medo é pior do que a morte. Eles vivem em um tipo de paranóia, eles tem medo de tudo; e não apenas de coisas reais, eles temem coisas irreais também. Eles têm medo do inferno, têm medo de fantasma, têm medo de Deus. Temem mil e uma coisas que eles próprios, ou outros como eles, imaginaram. O medo é tão grande que se torna impossível viver. Somente os corajosos podem viver. A coragem é o primeiro passo a ser aprendido. Apesar de todos os medos, temos que começar a viver. E por que é preciso coragem para viver? Porque a vida é insegurança. Se você fica preocupado demais com segurança, proteção, você permanecerá confinado em um pequeno cantinho, quase que em uma prisão, constituída por você mesmo. Será seguro, mas não será vivo. Será seguro, mas não terá aventura, não terá êxtase.
A vida consiste em explorar, entrar no desconhecido, alcançar as estrelas! Seja corajoso e deposite tudo aos pés da vida; nada é mais valioso. Não sacrifique sua vida por pequenas coisas - dinheiro, segurança; nada disso tem valor. Cada um deve viver sua vida tão totalmente quanto possível; somente então surge a alegria, somente então o transbordamento da graça divina se torna realmente possível.
Aqueles que realmente desejam viver têm de correr muitos riscos. Têm de mover sempre no desconhecido. Têm de aprender uma das lições mais fundamentais: que não existe lar; que a vida é uma peregrinação - sem começo, sem fim. Sim, existem lugares onde você pode descansar, mas são apenas paradas de uma noite e, pela manhã, você deve partir novamente. A vida é um movimento constante, nunca chega a qualquer fim; é por isso que a vida é eterna. A morte tem um começo e um fim. Mas você não é morte, você é vida.
A morte é uma concepção errada. As pessoas criam a morte, porque anseiam por segurança. É o desejo de segurança e proteção que cria a morte, que o faz temer a vida, que o faz hesitar em penetrar no desconhecido ““.

Este texto transcrito anteriormente é de autoria do mestre indiano SHREE RAJNEESH SOMA, e explica bem como deveríamos viver e não o fazemos por pura covardia ou, pior ainda, por pura comodidade. É muito mais fácil vivermos reclusos em nossos mundinhos fechados, baseados em fatores e leis estipuladas por outras pessoas, que não são e nem pensam como nós, apenas acham que está certo e pronto. Em todas as circunstâncias de nossas vidas devemos nos arriscar ao novo, procurarmos pelo melhor para nós mesmos, mesmo que isso implique em erros. Somos todos filhos do mesmo Pai, da mesma Energia, mas somos individuais enquanto pessoas, portanto devemos ir atrás do que nos é melhor. Somos, principalmente, aquilo que pensamos ser, vivemos nossos pensamentos, todo o tempo, portanto devemos direcionar nossos pensamentos para o lado do bem, deixando de lado aquilo que não nos é benéfico, pois como já discutimos anteriormente, nós somos os donos de nossas vidas e de nossos destinos. Somos, fundamentalmente, aquilo que acreditamos ser; quando cremos que somos desgraçados, assim o seremos; quando crermos que somos infelizes, assim o seremos; mas, se acreditamos sermos felizes, tenham certeza, assim o seremos, mesmo que nossas condições “materiais” não contribuam para tal e, se não o somos, ainda, com certeza atingiremos a felicidade; pois ela depende, basicamente, de nosso estado de espírito, ela depende unicamente de nossas atitudes, nos direcionando a este estado de felicidade. Como se diz, “NOSSAS BOCAS FALAM DAQUILO QUE NOSSOS CORAÇÕES ESTÃO CHEIOS”, uma prova exeqüível que tudo aquilo que pensamos direcionam nossas vidas, pois se dizemos maledicências, farsas, mentiras, somente soltamos aquilo que estaria preso em nosso interior, ou seja, em nossos pensamentos; sentimentos estes que nos dominam e nos conduzem em nossas existências, levando-nos por caminhos tortuosos, mas se, ao contrário, trazemos apenas palavras boas, de alegria, de felicidade, passando boas informações, nossa vida segue pelo rumo da felicidade e da tranqüilidade. BASTA-NOS APENAS QUE TENHAMOS A CORAGEM DE VIVERMOS E DE DEIXARMOS VIVER...

O VESTIDO AZUL

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas. O professor ficou penalizado com a situação da menina. "Como é que uma menina tão bonita pode vir para a escola tão mal arrumada?".
Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu comprar-lhe um vestido novo. Ela ficou linda no vestido Azul.
Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas.
Quando acabou a semana, o pai falou: "mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim”.
Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes. Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade.
Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado. Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro. A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.
E tudo começou com um vestido azul. Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada. É difícil reconstruir um planeta, mas é possível dar um vestido azul. Autor Desconhecido

Ao transcrever este texto acima, muito singelo, mas, ao mesmo muito profundo gostaria de expressar a simplicidade da solução dos problemas que nos assolam e que “achamos” de difícil solução, que, por sermos incompreensíveis, enxergamos como impossível, nos acomodamos e não conseguimos transformar nossas vidas, nossas ruas, nossos bairros, nossas cidades, nossos estados, nossos países, nosso mundo.
Tudo está na simplicidade dos atos, tudo está na simplicidade da vida, mas nós, imperfeitos que somos, acabamos por complicar tudo, com discussões do que seria melhor para a solução dos problemas que vivem, mas disfarçado no que, em verdade, seria melhor para nós mesmos, baseados em nosso egoísmo, baseados em nosso egocentrismo. Seria tudo tão fácil, se baseássemos tudo na simplicidade de “um vestido azul”, na simplicidade dos atos verdadeiros e, principalmente, fraternos e caridosos, sem esperar nada em troca, pensando, única e exclusivamente, em ajudar ao próximo se esperar que ele lhe agradeça, mas, infelizmente, todo que fazem alguma coisa, com raras exceções, sempre esperam por algo em troca. Tudo seria muito mais simples se baseássemos nossas vidas na fraternidade e caridade puras, sem demagogia, sem falsidades e sem eufemismos. Deveríamos levar a vida como FRANCISCO DE ASSIS, que ao se entregar, de corpo e alma, a um ideal de fraternidade, caridade e a simplicidade foi chamado de louco, mas que, nunca, nem diante do Papa de sua época, desistiu de seus objetivos, que seria de transformar a igreja de sua época que, acreditem, era quase como mudar o mundo todo e, devida a sua perseverança e fé, este papa se ajoelhou aos seus pés. Isso só vem a provar que tudo que fizermos baseados em sentimentos verdadeiros pode se concretizar, se efetivar, acreditemos nisso. Vamos dar, às nossas vidas, “um vestido azul...” QUE CADA QUAL FAÇA A SUA PARTE...

A FACE OCULTA

Quantos de nós já não passamos por maus bocados causados por terceiros mal intencionados que, por pura maldade, nos colocam nos maiores rolos e ainda por cima morrem de satisfação. Agora me questiono, essas pessoas são passíveis de raiva ou de piedade, francamente acho que são passíveis da piedade pura, pior devem ser consideradas como verdadeiras doentes, pobres de espírito e extremamente infelizes; podem até exibir um sorriso, às vezes, mas no fundo são recalcadas e extremamente infelizes e, por esse motivo, tentam atravancar a vida de outras pessoas através de mal-dizeres e fofocas, na grande maioria das vezes criadas através de seus pensamentos mórbidos e insanos. São pessoas como essas que atuam nas sombras, pelas costas, que são as maiores responsáveis por inúmeras contendas que seriam desnecessárias e que, por essas fofocas e insinuações de idéias de vingança, acabam ocorrendo em todas as esferas de nossa sociedade. Essas “pessoas” agem sempre às escondidas, minando o pensamento de outras mais desavisadas que, na boa fé, acabam por cair em sua intriga; agindo como verdadeiras traças sociais que corrompe o sentido da palavra sociedade civilizada. Mas devemos ter pena sim, dó, piedade por essas pessoas pobres espiritualmente falando, pois, tenhamos certeza, são sofredoras, no sentido literal da palavra. Hora ou outra são descobertas e seus erros vêm a público e acabam por serem excluídas do convívio social. Creio que todos conhecem alguém que passou por isso, principalmente em uma pequena comunidade como a nossa onde todos se conhecem, senão pessoalmente, pelo menos de vista.
Senão vejamos: por quê estas pessoas seriam passíveis de dó e piedade? Porque na verdade são verdadeiros doentes, mas não doentes fisicamente e sim doentes de espírito, doentes da alma. Psicologicamente deturpadas e que acham natural agirem desta forma. Infelizmente acabam somente atrapalhando nossas vidas e, pior, as suas próprias, pois deixam de vivê-la e, simplesmente, vivem em função dos outros e da vida dos outros, esquecendo, na maioria das vezes de viver a própria vida. Devemos considera-los doentes da alma, pessoas sem perspectiva de vida e que se acham no direito de intervir na vida alheia como se fossem, elas, as donas da verdade e possuidoras de uma moral muito ilibada e na realidade estão redondamente enganadas. Não são melhores do que aquelas pessoas de quem falam, talvez sejam até piores; mas, mesmo assim, continuam se achando as donas da verdade. Freud explica, mas não justifica, devemos, antes de tudo tentarmos mostrar a estas pessoas o quão errado estão, fazendo-as ver que cometem os piores erros que o ser humano pode cometer que são as infâmias, as injúrias, a falsa moral; enfim faze-los enxergar que há muito mais além do pequeno horizonte que sua ignorância pode vislumbrar. Devemos dar-lhes “tapas com luvas de pelica”, fazendo-os entender que somos todos, todos mesmo, irmãos e que não devemos agir uns contra os outros com a FACE OCULTA. Devemos sim, sempre, nos irmanar cada vez mais...

RESISTA UM POUCO MAIS

Há dias em que temos a sensação de que chegamos ao fim da linha. Não conseguimos vislumbrar uma saída viável para os problemas que surgem em grande quantidade. Com você não é diferente. Você também faz parte deste mundo cheio de provas e expiações. Desta escola chamada terra. E já deve ter passado por um desses dias, e pensado em desistir... No entanto vale a pena resistir... Resista um pouco mais, mesmo que as feridas latejem e que a sua coragem esteja cochilando. Resista mais um minuto e será fácil resistir aos demais. Resista mais um instante, mesmo que a derrota seja um ímã... Mesmo que a desilusão caminhe em sua direção. Resista mais um pouco mesmo que os pessimistas digam para você parar... mesmo que sua esperança esteja no fim. Resista mais um momento mesmo que você não possa avistar, ainda, a linha de chegada... mesmo que a insegurança brinque de roda a sua volta. Resista um pouco mais, ainda que a sua vida esteja sendo pesada na balança dos insensatos, e você se sinta indefeso como um pássaro de asas quebradas. As dores, por mais amargas, passam...
Tudo passa... A ilusão fascina, mas se desvanece... A posse agrada, porém se transfere de mãos... O poder apaixona, entretanto, transita de pessoa. O prazer alegra, todavia é efêmero. A glória terrestre exalta e desaparece. O triunfador de hoje, passa, mais tarde, vencido... Tudo, nesta vida, tem um propósito...
A dor aflige, mas também passa. A carência aturde, porém, um dia se preenche. A debilidade física deprime, todavia, liberta das paixões. O silêncio que entristece, leva à meditação que felicita. A submissão aflige, entretanto fortalece o caráter. O fracasso espezinha, ao mesmo tempo ensina o homem a conquistar-se. A situação muda, como mudam as estações... O verão brinca de esconde-esconde com a brisa morna, mas cede lugar ao outono, que espalha suas tintas sobre a folhagem. O inverno chega e, sem pedir licença, congela a brisa e derruba as folhas. Tudo parece sem vida, sem cor, sem perfume... Será o fim? Não!
Eis que surge a primavera e estende seus tapetes multicoloridos, espalhando perfume no ar e reverdecendo novamente a paisagem... Assim, quando as provas lhe baterem à porta, não se deixe levar pelo desejo de desistir... resista um pouco mais. Resista, porque o último instante da madrugada é sempre aquele que puxa a manhã pelo braço... E essa manhã bonita, ensolarada, sem algemas, nascerá para você em breve, desde que você resista. Resista, porque alguém que o ama está sentado na arquibancada do tempo, torcendo muito para que você vença e ganhe o troféu que tanto deseja: a felicidade... Não se deixe abater pela tristeza. Todas as dores terminam. Aguarde que o tempo, com suas mãos cheias de bálsamo, traga o alívio.
A ação do tempo é infalível, e nos guia suavemente pelo caminho certo, aliviando nossas dores, assim como a brisa leve abranda o calor do verão. Mais depressa do que supõe, você terá a resposta, na consolação de que necessita. Por tudo isso, resista... e confie nesse abençoado aliado chamado tempo.
Autor: Equipe de Redação do Momento Espírita, inspirada em mensagem de Rubens Costa Romanelli, em frases do livro Momentos de Meditação, ed. LEAL, e no cap. 178 do livro Minutos de Sabedoria, ed. Vozes.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

HIPOCRESIA...

Hipocrita, por definicao, é aquele que utiliza de dissimulaçao em todas suas atitudes, que usa de artificos em todos os momentos de suas vidas ridiculas e mediocres, que se fazem de bons de acordo com seus interesses. Pode parecer ate dura esta definição, o que tornaria este meu texto um tanto quanto pesado. Não sou eu conhecedor de todas as falhas de carater das pessoas que me cercam. Por mais que me esforce não consigo entender o porque de certas atitudes das pessoas que, atraves das dissimulações, cada dia que passa mais e mais nos decepcionam.
Há pessoas que usam dos mais infames dos artifícos para se promoverem, para que possam se “destacar” na sociedade, simplesmente por não terem atributos quaisquer que os façam se destacar. Usam de “poderes” que não conquistaram por merito mas sim por imposiocao da situação. Usam destes poderes hipócritas para se sobrepor aos que lhe são subordinados unicamente através do poderio econômico que lhes foi legado e, jamais, conquistado pelos mesmos méritos que citei acima, ou seja os próprios méritos. Infames hipócritas que se acham melhores que os outros apenas por pensarem ter mais, por apenas imaginarem que por terem dinheiro, status, sentem-se melhores que os outros que estão, pensam eles, abaixo deles.
Diria melhor, diria pobres hipócritas que se acham melhores que as demais pessoas. Pobres hipócritas que se escondem atras de religiões, que se acham superiores por pregarem uma fé que nem ao menos praticam, que se utilizam desta religiosidade patética apenas para aparecerem, que sequer imaginam o que é fazer o bem verdadeiramente, que não sabem que benemerência não é feita apenas àqueles que são afeitos ao seu meio de convivência, que julgam iguais somente aqueles que são praticantes de sua religiao, aqueles que são seus “irmãos” de fé e que os demais são seus “inimigos” e geram apenas discussões infundadas. Tristes hipócritas que possuem uma vida tão limitada, que sequer tem conhecimento profundo daquilo que professam, que apenas repetem aquilo que lhes é mandado repetir, como verdadeiras “vacas de presépio”.
É, definitivamente, este mundo esta cheio disso, em todas as esferas sociais. Mas tenho fé que um dia estas pessoas cairão em si e verão que há muito mais no mundo além de seus umbigos, há muito mais que seus micro-mundos, muito mais que seus castelos de infelicidade, onde reina a infelicidade, onde reina o falso amor, a falsa caridade...

CRUELDADE...

...Crueldade: s. f. 1. Qualidade de cruel. 2. Ato próprio de pessoa cruel. 3: Desumanidade. 4. Barbaridade. 5. Excessivo rigor.


A crueldade, por definição, como consta acima, é, por si só, a maior das barbaridades de um ser humano seja em relação a outro ser humano ou qualquer outra criatura da natureza. Mas o que mais vemos, hoje em dia, é a crueldade social de humanos contra humanos, onde presenciamos, diariamente, injustiças incontáveis, injustiças cada dia maiores e mais anti humanas tanto quanto possíveis (ou até mesmo impossíveis). Mas qual seria a causa do aumento desta desumanidade, deste flagelo que assola o nosso mundo? Ou melhor, quais seriam as causas, pois, no meu entendimento, estas causas são quase que incontáveis. Se não, vejamos: o dinheiro, a ganância, a competitividade desmedida, a prepotência, a “vontade” sem limites de “vencer na vida”, etc., etc., etc. na verdade o ser humano, sob meu ponto de vista, passou a crer que “vencer na vida” é o principal e aqueles que estão “abaixo” deste quesito não passam de “perdedores” ou pessoas que ainda não “encontraram seu caminho”, sejam eles quem for. Grande número de pessoas, hoje em dia, é capaz de crueldades imensas, mesmo que às vezes não se dêem conta disso, em nome desta vontade imensa de “vencer na vida”, em nome do dinheiro, ou de todas as situações citadas acima. E não se restringe apenas ao gênero masculino, pois hoje em dia existem mulheres capazes de atitudes tão, ou até mesmo mais frias que muitos homens, pois se colocam acima do bem e do mal em nome de seu posicionamento social. Infelizmente esta verdade tem se tornado cada dia mais comum em nossa sociedade, e, na maioria das vezes, as pessoas se esquecem de olhar para baixo, de estenderem sua mão para aqueles menos afortunados, ou, como dizem, para os que ainda não “encontraram seu caminho”. E olha que digo isso com total conhecimento de causa. Vivemos em uma pequena cidade, onde as questões impostas pela “sociedade” são muito mais visíveis e muito mais fáceis de sentir, onde as pessoas conhecem muito da vida e da condição uma das outras e isso faz com que se sinta muito mais este tipo de problema. São pessoas que em nome de uma condição de status elevado são capazes de atos de injustiça e crueldade tão grandes que quase chegam a ser inacreditáveis. Não me julgo dono da verdade, não tenho, nunca tive e jamais terei esta pretensão, apenas gostaria de lançar ao vento questões que pudessem levantar pelo menos reflexões por parte daqueles que se julgam donos destas verdades e que, em nome da questão “social” são capazes de atos, às vezes até involuntários, de verdadeiras crueldades. Penso comigo que o ser humano é, por natureza, competitivo entre membros de sua própria espécie, julgando que isto venha de tempos remotos, onde a competitividade significava a própria sobrevivência, mas isso faz com que, nos dias atuais, a convivência se torne cada vez mais difícil.
A dor daqueles que tenham sofrido algum tipo de crueldade social é tão grande, é uma dor tão indescritível que é quase impossível que se descreva essa dor com palavras, e por mais que tentasse não conseguiria transcrevê-la. Tudo seria tão mais fácil se cada um seguisse seu caminho por sua própria conta, tudo seria tão mais simples se deixássemos de nos preocuparmos uns com a vida dos outros, deixando os comentários maldosos, as fofocas de lado, não é mesmo? Tudo seria mais fácill se conseguíssemos não nos preocupar com o que os outros venham a pensar da gente, por este ou aquele motivo. Mas cada dia que vivo neste nosso “mundinho”, menos acredito nesta possibilidade, pois, cada dia mais, vejo certas atitudes tão cruéis, tão desumanas que perco as esperanças. Apenas gostaria que estas pessoas refletissem em seus atos, que vissem que a felicidade é tão mais simples, que um amor verdadeiro, uma amizade sincera, um companheiro de verdade não depende da condição financeira, vissem que na maioria das vezes as pessoas querem apenas cuidar e serem cuidadas e querem apenas ter alguém com quem conversar. Pensem nisso, reflitam suas atitudes, analisem suas vidas e notem se não haveria alguém que apenas lhes “procurou” em busca destas coisas e você, por questões sociais, ou por pura pressão de outras pessoas mal intencionadas, negou-lhe afeto, amizade, ou, simplesmente, sua audiência, perdendo, desta maneira, talvez até a maior oportunidade em sua vida de conhecer o que é, verdadeiramente, ser feliz. A vida é tão curta, o tempo passa tão rápido, que não deveríamos nos dar ao luxo de perdermos tempo com questões tão pequenas, com picuinhas ou com fofocas e comentários maldosos, deixarmos o egoísmo e egocentrismo de lado, encararmos as pessoas como iguais, em todos os sentidos, seja qual for sua condição social, seja qual for sua situação financeira, pois isso não é tudo, há tanto que poderíamos compartilhar coisas verdadeiramente boas, coisas importantes, verdadeiramente importantes que poderiam nos propiciar momentos de felicidade plena e simples... PENSE, REFLITA... A FELICIDADE É TÃO MAIS SIMPLES...

sábado, 19 de junho de 2010

POR DE TRÁS DAS APARÊNCIAS...

Hoje vemos, aos montes, pessoas, homens, mulheres, que posam de fortes, que se dizem donos de uma auto suficiência sem tamanho. Se dizem donos de seu nariz, de seu corpo e de seu "coração", mas que, na verdade, são, no mínimo, infelizes, solitários e sem amor, seja de que tipo for, amor pela vida, amor por sí próprios, amor por outra pessoa.
Na verdade, pessoas assim são incapazes de amar a outra pessoa, pois desconhecem o que vem a ser amor de verdade, talvez até nunca amaram, ou quanto amaram nao tiveram a capacidade de entender este amor, pois estavam ocupados de mais com sua arrogância e sua "auto suficiência".
E isso, hoje em dia, é mais comum do que possamos imaginar, sem querer ser machista, mas isso é muito mais latente entre as mulheres, pois o que mais vejo por aí são mulheres que não se valorizam, que se dizem fortes, mas que no fundo são carentes, são mal amadas, ou simplesmente não são amadas. Usam o prazer físico para satisfazer suas carências afetivas, saem com várias pessoas ao mesmo tempo, como se isso fosse saciar o vazio de suas almas, o vazio de seus corações, mas o que sentem depois de uma noite de "amor" (leia-se SEXO), é um vazio imenso em suas vidas; feito isso saem arrotando força, liberdade, indiviadualidade, independência, mas no fundo são, pura e simplesmente, infelizes.
Devo ressaltar que sitei as mulheres apenas como um exemplo, pois é onde mais vejo esse tipo de atitude, mas há muitos homens que agem desta forma.
Gente, viver é muito mais que isso, felicidade não pode confundida com alegria. Estar alegre não é, de forma alguma, ser feliz. Alegria vive-se num determinado momento, felicidade pode durar uma vida toda. Analise.
Bem, não sou eu o dono das verdades do mundo, apenas quero expor meu ponto de vista, aceitem aqueles que quiserem aceitar...eu, pessoalmente, tenho tentado...que cada um tente a sua maneira.
Ótimo sábado a todos...SEJAM FELIZES, mais do que seja alegres apenas...

EU TENHO...

...defeitos difíceis de confessar, especialmente a inveja

por Soninha Francine

Tempos atrás, recebi cumprimentos por ter dito, em um programa de televisão, que tenho inveja. (É bom deixar claro: não fui cumprimentada por ter inveja, mas por ter dito). O tema da discussão era “defeitos que as pessoas não gostam de confessar” ¬ em contraponto aos populares “sou perfeccionista”, ou “acredito demais nas pessoas”. Não queria mostrar esse meu lado horrível, mas era essa a idéia.
Minha inveja já foi muito pior, mais violenta, e me fazia sofrer amargamente. Não a ponto de desejar o mal para alguém, torcer para que alguma coisa desse errado. Mas volta e meia me pegava pensando com raiva, com amargor: “Por que não eu?”; “Eu também quero!”
Na faculdade, morria de inveja de quem não precisava sair correndo depois da aula para trabalhar. Quem podia escolher o que fazer: ficar no Centro Acadêmico, passar a tarde na biblioteca, nadar, ir ao cinema. Ah, como eu queria... Como me incomodava alguém ter o que eu não podia ter.
Eu me torturava com as festas perdidas, as viagens não feitas, as turmas que não me incluíam. Parecia que o evento perdido tinha sido o mais divertido de todos os tempos ¬ mas, até sem perceber, eu tentava desvalorizar o que não estava ao meu alcance: “Ainda bem que eu não fui. Detesto gente bêbada”. Às vezes, tentava outra estratégia. Quando me consumia em um pensamento do tipo “ela vai de avião para a Europa pela terceira vez e eu, como sempre, vou pegar um ônibus para a casa da família na praia”, tentava transformá-lo em orgulho: “Imagine, ela nunca vai saber o que é viajar de condução. Não conhece esse lado da vida”.
Inveja é um sentimento ruim. Não creio que faça mal a quem é objeto dela, como reza a crença popular, aquela coisa da “secada” ou mau-olhado. Faz mal ao sujeito da inveja. Envenena, intoxica, corrói. Mas, embora ela seja tão incômoda, é dificílimo reconhecer sua presença. Outras emoções aflitivas gozam de certo prestígio: raiva, ciúme... Sentimentos que as pessoas dizem “eu tenho, sim”. Elas têm defensores, até (“o ciúme é o tempero do amor”). A inveja não, ela é condenada em adesivos: “É uma m*”. “Não me inveje, trabalhe”. Quem quer dizer que tem?
Admitir é um grande passo. Quando reconheci que o “sentimento de injustiça” que me movia era, no fundo, inveja, comecei a brincar com ela. Confessar a dor-de-cotovelo a tornava menos latejante. Até os mestres budistas admitem que sentimentos assim surgem na mente ¬ só que eles conseguem não dar bola para eles. Não usam esse combustível. Será que alguém é completamente livre de inveja?
Saber que tenho inveja não deveria servir como muleta. Bom, se aliviar o sofrimento, tudo bem, mas acho melhor mesmo tentarmos não dar corda para ela. E entender quando os outros têm inveja da gente. Ah, sim, e cultivar uns antídotos: olhar um cachorro deitado ao sol e pensar “que bom que ele tem esse momento de prazer!” (começar com bicho é mais fácil). Ver uma casa linda e imaginar : “Uau, que legal deve ser morar ali. Olha aquela mulher lendo um livro na varanda. Que bom, ela está feliz”. Não é fácil. Mas com o tempo faz efeito. Soninha ainda olha casas lindas e pensa “queria tanto ter uma assim...”.  sol.almafeminina@abril.com.br
(TEXTO EXTRAÍDO DA REVISTA VIDA SIMPLES - EDITORA ABRIL)


quinta-feira, 17 de junho de 2010

"Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem é por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dara o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?"  do filme (livro) Marley e Eu

O SENTIDO DA VIDA...

...sempre preocupou a humanidade. "Por que vivo?", "Qual a razão da vida?", "Qual o objetivo de viver?"


Mary Roberts Rinehart disse sobre o sentido da vida: "Um pouco de trabalho, um pouco de sono, um pouco de amor, e tudo acabou." • Edmund Cooke afirmou: "Nunca vivemos, mas sempre temos a expectativa da vida." • Colton: "A alma vive aqui como numa prisão e é liberta apenas pela morte." • Shakespeare: "Viver é uma sombra ambulante." • R. Campbell: "Viver é um corredor empoeirado, fechado de ambos os lados." • Rivarol: "Viver significa pensar sobre o passado, lamentar sobre o presente e tremer diante do futuro."

Será que todas essas não são afirmações bastante amargas e desanimadoras sobre o sentido da vida? Parece que todos falam apenas de existir e não de viver verdadeiramente.

Jesus tocou no âmago da questão ao dizer: "Eu sou... a vida" (João 14.6). Por isso o apóstolo Paulo escreveu sobre o sentido da sua vida: "Porquanto, para mim o viver é Cristo" (Filipenses 1.21). Por isso, também o apóstolo João começou sua primeira epístola com as palavras: "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada)" (1 João 1.1-2).

Uma revista esportiva resumiu da seguinte forma a vida de um famoso ex-treinador e comentarista esportivo:

Eu acreditava que 20 anos de fama bastariam... talvez ganhar três campeonatos e então, no auge, com 53/54 anos, parar... Depois eu pretendia recuperar tudo o que tinha perdido, por causa do muito tempo que estive viajando... Agora tudo parece tão sem sentido... Mas aquela ânsia incontrolável de conquistar o mundo não podia ser freada... Ao se ficar doente, chega-se à conclusão: "o esporte não significa mais nada" – esse pensamento é simplesmente terrível.

Alguém disse certa vez: "Qual o significado da vida, quando ela se torna ‘antigamente’?" Sem Jesus, que é a vida em todo o seu significado presente e eterno, a vida na terra oferece no máximo "sucesso vazio", e mesmo esse se esvai no final como areia entre os dedos. Por isso, dê ouvidos à voz de Jesus, que resume o sentido da vida numa única frase: "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17.3). (Norbert Lieth - http://www.apaz.com.br)

CORAÇÕES ANIMAIS - Zé Ramalho - BOA MÚSICA

Composição: Luciana Browne Fatima Leão / Vinicius

Não me vejo feito fera
Muito menos anjo
Eu quem faço o meu destino
Traço os meus planos
Sei que meu sexto sentido
Não vai me trair...

Troco o riso pelo pranto
Em qualquer negócio
Sei que tem olhos do medo
No fundo do poço
Estou sempre maquiado
Quando vou sorrir...

As leis dos meus olhos
São feitas por mim
Até na mesma mão
Os dedos não são iguais
Tem loucos
Que se olham no espelho
E se acham normais
Ninguém ganha o jogo
Sem ter ambição
Não se apaga o fogo
Com fogo na mão
Os gritos no silêncio
Não assustam

Corações Animais...(2x)
Eu me escondo num segredo
Sem qualquer mistério
Aqui se faz, aqui se paga
Pode acreditar...(2x)

Não me vejo feito fera
Muito menos anjo
Eu quem faço o meu destino
Traço os meus planos
Sei que meu sexto sentido
Não vai me trair...

Troco o riso pelo pranto
Em qualquer negócio
Sei que tem olhos do medo
No fundo do poço
Estou sempre maquiado
Quando vou sorrir...

As leis dos meus olhos
São feitas por mim
Até na mesma mão
Os dedos não são iguais
Tem loucos
Que se olham no espelho
E se acham normais
Ninguém ganha o jogo
Sem ter ambição
Não se apaga o fogo
Com fogo na mão
Os gritos no silêncio
Não assustam
Corações Animais...(2x)

Eu me escondo num segredo
Sem qualquer mistério
Aqui se faz, aqui se paga
Pode acreditar...(2x)

BOAS PALAVRAS

Já estava quase indo me deitar, para durmir, quando me deu vontade de escrever algo. As vezes, durante a madrugada, minha cabeça fica a mil por hora, é quando surgem as melhores idéias, vem os melhores pensamentos (e não estranhem se, de repente, no meio da magrugada, aparecerem novos textos) e é quando, eu acredito nisso, nossos companheiros do mundo espiritual, ou anjos da guarda, como preferirem, se comunicam conosco com maior facilidade. Quando tive a idéia de criar este blog, foi numa dessas madrugadas, minha primeira intensão foi a de tentar expor o maior número possível de textos que elevem a  alma, que façam bem ao coração, que nos ajudem em nossos momentos de maior necessidade, embora eu creia que estejamos o tempo todo necessitando de boas palavras, não é verdade? Bem, espero que aqueles que tiverem acesso a este meu blog encontrem, pelo menos, algum alento às suas vidas. BOAS PALAVRAS DEVEM SER JOGADAS AO VENTO, POIS OS SONS POR ELAS EMITIDOS SÓ FAZEM BEM AO CORAÇÃO. Boa noite a todos...amanhã tem mais...se Deus quiser, e sei que Ele quer.

AMANHECER

Quero nascer de novo em cada dia que nasce.
Quero ser outra vez novo, puro, cristalino.
Quero lavar-me, cada manhã, do homem velho, da poeira velha, das palavras gastas, dos gestos rituais.
Quero reviver a primeira manhã da criação, o primeiro abrir dos olhos para a vida.
Quero que cada manhã, a alma desabroche do sono como a rosa do botão, e surja, como a aurora do oceano, ao sorriso dos teus lábios, ao gesto de tua mão.
Quero me engrinaldar para a festa renovada com que cada dia nos convidas e desdobrar as asas como a águia em demanda do sol.
Quero crer, a cada nova aurora, que esta é a definitiva, a do encontro com a felicidade, a da permanência assegurada, a de teu sim definitivo.

Chico Xavier

quarta-feira, 16 de junho de 2010

BOM LUGAR DE ESTAR

Se cada um faz um pouquinho, a vida urbana fica muito mais agradável. Conheça exemplos de atitudes simples que alegram as cidades e seja gentil com a sua também.
Por Priscilla Santos

O arquiteto holandês Aldo van Eyck costumava dizer que uma casa é uma cidade minúscula, e uma cidade é uma casa imensa. Pense nessa comparação no seu dia-a-dia. As semelhanças não demoram a saltar aos olhos: da mesma forma que você vai do escritório ao quintal, você deixa o trabalho e faz um passeio no parque. Outro exemplo: vai do restaurante ao cinema assim como da cozinha à sala de TV depois do almoço. Certo, tanto a casa quanto a cidade são lugares onde se vivem momentos cotidianos. Mas então por que você não cuida da cidade com o mesmo esmero com que trata a casa?

Não vale dizer que isso é responsabilidade da prefeitura. Tudo bem que pagamos impostos e elegemos a cada quatro anos representantes para defender os interesses coletivos, mas isso é suficiente apenas para a infra-estrutura: saneamento básico, eletricidade, limpeza das ruas, cabos para gás. Aposto que sua "cidade minúscula" vai muito além. As paredes não estão no reboco e o chão no cimento, estão? Provavelmente tudo está bem pintado, com quadros pendurados, tapetes, plantas, porta-retratos e mil outros detalhes que fazem de sua morada o doce lar.
Um ambiente bem cuidado faz bem ao espírito. E isso é tão evidente que dá até para adivinhar como é a parte da cidade de que você mais gosta. Quer ver? Pense no quarteirão da sua casa. Dê uma volta mental ao redor dele. Que trechos você acha mais agradáveis? De quais você não gosta? Deixa eu ver se acerto. Provavelmente os pedaços menos agradáveis têm muros altos, calçadas descuidadas, sem vida. Talvez também haja prédios que cubram seus jardins com paredes de concreto e casas com grades altas e avisos de "cuidado: cão perigoso" que, se dissessem "pessoas: queremos distância", daria no mesmo. A existência de lugares assim se deve, em grande parte, à falta de atenção das pessoas com o que vai do portão de casa para fora. Como se, do passeio em diante, o problema fosse do governo, das ONGs e do que mais puder amenizar a ausência de um cidadão que faça mais do que a lei o obriga.
Também não adianta varrer o lixo e jogá-lo debaixo do tapete só para falar que fez. Ser gentil com a cidade só resolve se a atitude for espontânea, para melhorar a vida coletiva. E, para um sujeito deixar a comodidade solitária de sua vida privada e fazer algo pelo todo, é preciso que se sinta parte dele: esta cidade é minha casa, faço parte dela e, por isso, tenho que cuidar deste espaço. Ao fazer isso, acaba chamando a atenção do outro: acorde, esse lugar é nosso, vamos melhorá-lo. Os círculos virtuosos precisam de um empurrão para entrar em movimento.
A parte boa é que muitas pessoas já despertaram para isso. Os trechos agradáveis do seu quarteirão provavelmente têm árvores que dão uma boa sombra e, de quando em quando, até frutos. Ou então as casas e os edifícios oferecem algo a quem passa, nem que seja a visão agradável de uma fachada bem pintada, um jardim à vista dos passantes ou uma marquise que abriga da chuva. As calçadas provavelmente são desimpedidas e cuidadas. Pois é, a cidade também está cheia de pequenas oferendas à espera de olhares atentos para detectá-las.

Gentileza urbana

Atitudes simples capazes de trazer mais poesia ao nosso cotidiano, essa é a idéia. Gestos que surjam inesperadamente para nos devolver o prazer de viver na metrópole, de ficar na janela a observá-la, de ouvir seu som. A sinfonia dos carros a passar, dos passarinhos nas árvores, das crianças brincando na praça, dos sinos da igreja lá longe. A alegria de andar pelas ruas e sentir o cheiro do tempo e dos frutos. De ver as cores das casas e dos jardins. Talvez fossem essas sensações que, na Grécia antiga, Aristóteles já aconselhava conservar. Pelo menos, em seu livro Ética a Nicômaco, ele ressaltou o cuidado com o corpo, com a alimentação, com o amor e, sobretudo, com a cidade. Como se essa fosse tão orgânica quanto nós, palpite que Aristóteles confirma ao dizer que o que nos une à pólis é um sentimento humano: a amizade.
E foi para celebrar essa amizade que surgiu, em Belo Horizonte, o Prêmio IAB Gentileza Urbana. No início dos anos 90, a Associação Mineira de Defesa do Ambiente fazia uma lista de entidades poluidoras da cidade, e o Instituto dos Arquitetos do Brasil de Minas Gerais (IAB-MG) quis fazer o mesmo com empresas do ramo da arquitetura e construção. Porém, o então diretor de marketing da regional, João Grillo, propôs o contrário: homenagear aqueles que faziam coisas boas pela cidade. Assim, em 1993, surgiu a premiação que, ainda hoje, ocorre ano a ano. A boa nova foi descobrir que o prêmio mineiro impulsionou a criação de eventos semelhantes no Rio de Janeiro, a partir de 2000, e em Maceió, ano passado. Todos realizados pelas respectivas regionais do IAB.

(texto extraído da revista Vida Simples - Editora Abril)

NÃO, NÃO E NÃO!

Fizemos uma seleção de dicas, à partir de livros que falam sobre a melhor maneira de sustentar uma negociação. Aqui estão alguns dos conselhos básicos:

. Ser muito legal pode não ser legal. Experimente ser egoísta de vez em quando.


. Se discordar, discorde logo de cara, no começo da conversa

. O não precisa ter força. Boa alimentação, exercícios vocais e vitalidade auxiliam.

. Se não tiver certeza do seu sim, enrole. Ou peça tempo para pensar.

. Não sorria quando estiver aponto de explodir. Aprenda a fechar a cara.

. Mude de opinião quantas vezes quiser.

. Diga como se sente e não acuse o outro, colocando-o na defensiva.

. Não abra muito espaço para contra-argumentos. Reafirme o seu não.

. A negação precisa ser firme. Mas não precisa ser agressiva

. Imagine sempre que tudo vai dar certo. Costuma funcionar.

(texto extraído da revista Vida Simples - Editora Abril)

PEQUENOS GESTOS

Imagine que você está só numa terra estranha, não domina a língua do lugar, perdeu suas coisas, está sem dinheiro e à beira do desespero quando, inesperadamente, uma pessoa desconhecida se dispõe a ajudar desinteressadamente e reaviva sua confiança na bondade humana. Esse é o tema de uma série de relatos reunidos no livro The Kindness of Strangers (algo como “A bondade de estranhos”), ainda não editado no Brasil. O curioso é que todos os depoimentos do livro falam da surpresa em perceber que ainda há a prática dessa virtude num mundo em que todos os dias surgem fortes exemplos de seu contrário, como a grosseria e o desprezo.Gentileza é uma virtude que seria inerente ao próprio ser humano, mas que se perde no dia-a-dia. Daí a surpresa.
Nesses dias, demonstrar amabilidade com estranhos parecerá uma excentricidade, pois tornou-se normal agir com o coração endurecido, evitar envolvimento, passar adiante. Alguém já disse que a gentileza que acaba recebendo maiores recompensas é justamente aquela que se faz sem intenção de receber recompensa alguma. Ainda que seja um ato espontâneo e desinteressado, a gentileza traz efeitos benéficos para quem a pratica. Talvez haja estudos de psicologia provando isso. Mas não é preciso recorrer a eles para perceber que, quando se age com mais atenção ao outro, algo de bom acontece com a gente mesmo. Senti isso na pele ao praticar com atenção pequenos gestos cotidianos, que talvez nem sejam gentileza em si, mas apenas uma espécie de bom comportamento que vai se perdendo em nossas vidas, como dar passagem a um outro motorista no trânsito, desejar um bom dia sincero, deixar que aquela pessoa mais apressada tome o lugar na fila. Não há nada de excepcional aí, mas é notável como isso nos deixa melhores – principalmente para alguém que, como eu, já disputou selvagemente uma vaga de estacionamento ou quase explodiu por causa de um lugar na fila. O desafio é não ser tragado pela falsa urgência que nos torna desatentos a essas pequenas coisas.
Existe um prêmio para atitudes desse tipo que apresentam alcance um pouco mais amplo. É o “Gentileza Urbana”, criado pelo Instituto dos Arquitetos de Minas Gerais, que escolhe e premia ações como a de um senhor que, por iniciativa própria, e sem ganhar 1 centavo por isso, varre as ladeiras de Ouro Preto durante a madrugada; o músico que, ao entardecer, da janela de seu apartamento, espalha melodia pela vizinhança; os lixeiros que trabalham cantando; a vovó que conta histórias, não só para seus netinhos, mas para todos que queiram ouvi-la. O interessante é como os organizadores definem essas gentilezas.Antes de mais nada, não são obras de caridade, como o jantar beneficente ou a campanha do agasalho.Nem mesmo são atos de educação e civilidade, como ceder o lugar ao idoso e obedecer à fila. “A gentileza não espera reconhecimento, não paga culpa e não faz obrigação. A gentileza surpreende e afaga”, explicam. Às vezes é exatamente isso que nos falta, surpreender e afagar sem esperar nada em troca.

Caco de Paula acredita que, com um pouco de atenção, poderá se tornar uma pessoa mais gentil. homemdebem@abril.com.br

POSSO AJUDAR? Sua Gentileza pode mudar o mundo

A teoria do caos diz que o bater das asas de uma borboleta no seu jardim pode provocar um tornado no outro lado do mundo. A idéia é que um gesto sutil reverbera em outro, que reverbera em outro e assim por diante, até que algo grande aconteça. É nisso que se baseia o Movimento Mundial pela Gentileza (World Kindness Movement) – no potencial transformador das pequenas atitudes. Só que para o bem. O movimento nasceu no Japão, em 1996, num encontro entre vários países com o simpático propósito de deixar o mundo mais amável. Agora, o WKM chega ao Brasil pela Associação Brasileira de Qualidade de Vida. “É um movimento sem dono”, diz Alberto Ogata, presidente da associação. Para participar não é preciso fazer cadastro nem pagar mensalidades – basta conhecer os princípios da organização (coisas tão simples quanto se lembrar do aniversário de um colega ou dar passagem no trânsito). Voluntários da WKM farão visitas a escolas e empresas brasileiras para estimular o cuidado com os outros no dia-a-dia. Qualquer instituição pública ou privada pode se candidatar, pelo site da associação, a receber uma visita. Tornado, que nada. O bater de asas de uma borboleta pode gerar uma brisa deliciosa.
(texto retirado da revista Vida Simples - Editora Abril - via site)

Para saber mais na internet
http://www.worldkindness.org.sg/ - site do Movimento Mundial pela Gentileza
http://www.abqv.org.br/ - site da Associação Brasileira de Qualidade de Vida

O PODER DA GENTILEZA

Noeval de Quadros


Nestes tempos de muita preocupação consigo mesmo, e de pouco tempo para o outro, de tempos "sem-tempo", quero chamar a atenção para uma virtude que anda meio esquecida: a gentileza.
Gentileza que não quer dizer fraqueza, nem é virtude só para mulheres.
Gentileza que significa cortesia, amabilidade, fidalguia, bom tratamento.
Tem um poder muito grande e tem relação direta com a inteligência bem como denota elevação moral.
Muitos se desculpam dizendo "não tenho tempo para estas coisas". Porém, sempre é tempo para uma palavra de amizade, para um telefonema cordial, para um sorriso de afeto, dirigido mesmo àqueles que parecem endurecidos e impermeáveis às boas maneiras.
A gentileza depende do hábito. Comece hoje a cultivá-la. Há muitas maneiras de adquirir esse hábito mas precisa ter disciplina e força de vontade.
Pode-se ser gentil com os superiores, mas é muito mais difícil ser gentil com os subalternos ou com os familiares e amigos próximos, justamente aqueles com quem acabamos desdenhando as regras da conduta sadia.
Pode-se ser gentil no trânsito, com os transeuntes, em casa, no trabalho, em todos os lugares.
Cada vez é mais raro ver-se, por exemplo, uma pessoa que dê lugar a outra, dentro de um ônibus lotado. Ou numa fila. Não falo aqui de obedecer a sua vez na fila, mas de dar a vez para outra pessoa que pareça mais aflita ou necessitada. Pelo contrário: quando podem, as pessoas `furam' a fila, quase sempre invocando um título ou uma posição social que os outros não têm.
Cada vez é mais raro ver as pessoas ajudando outras a carregar sacolas, a levantar objetos caídos, a ajudar um idoso a atravessar a rua, ou a empurrar um carro que não pega.
As pessoas alegam que não têm tempo, mas na verdade o tempo é a gente que fabrica. Quantos passam horas à frente dos tele-jornais e das novelas e alegam não ter tempo para agradecer uma carta, um e-mail, um convite ou um favor recebido.
Outro cuidado que a gente não tem: quando precisamos fazer um telefonema, não cogitamos se estamos a incomodar o outro na hora em que ele pode estar mais ocupado. É importante que não façamos ligações em horas tardias, nem tomemos o tempo por mais de dois minutos, em assuntos triviais.
Quando esses pequenos gestos de fraternidade e reconhecimento vão sendo esquecidos, a pessoa vai ficando fria e áspera, acreditando que todos devem ser gentis para com ela, mas esquecendo que esse dever é recíproco e que devemos ser aquele que dá o primeiro passo.
Quantas vezes, no trânsito, não esperamos o pedestre terminar de atravessar a rua, buzinamos impacientemente, não damos a vez ao que está pretendendo entrar numa via preferencial, nem damos carona à mulher grávida ou ao ancião.
"Muito obrigado", "por favor", "está ótimo o seu café", "bom dia", "boa tarde", "desculpe", são expressões que estão se ouvindo cada vez menos.
Nosso teste permanente é com os familiares. No tom de voz, no tempo que lhes damos, nas pequenas atitudes para com o cônjuge, seja oferecendo-se um dia para enxugar a louça, para passar o aspirador, ou surpreendê-lo com um café na cama.
Nosso exemplo é seguido pelos filhos. Não podemos chamar-lhes a atenção por tratar rispidamente a empregada se nós próprios não os ensinamos, pelo exemplo, a respeitar e a pedir "por favor' mesmo àqueles a quem pagamos para trabalhar para nós.
Na rua, outra maneira de demonstrarmos nossa civilidade é a forma como tratamos o pedinte. Mesmo que não possamos lhe dar nada, o importante é tratá-lo como ser humano, sem diminuir-lhe ainda mais a sua dignidade. Se não pudermos orientá-lo ou ajudá-lo, pelo menos vamos vibrar positivamente, em silêncio, certos de que o nosso pensamento poderá suavizar o seu padecimento.
Já não se fala do respeito aos animais ou à Natureza que apenas o ser mais evoluído espiritualmente consagra na forma devida.
A gentileza tem um pouco de renúncia e muito a ver com a generosidade, e esta é irmã da caridade, por isso que quanto mais elevada a pessoa, mais gentil ela é. Aliás, segundo Joana, o culto à gentileza é uma preparação para a transferência às Colônias Espirituais, onde teremos residência e onde o respeito e a cordialidade preponderam nos círculos de Espíritos mais conscientes ("Celeiro de Bençãos", cap.53).
Por isso, o Espírito Meimei diz que "o primeiro degrau do Paraíso chama-se gentileza" .
Virtude que pertence à família do AMOR, é também a chave que abre as portas do sucesso, porque não há coração mais empedernido que a gentileza não consiga desarmar, nem situação mais desfavorável que não consiga reverter. Por isso dizer-se que a pessoa gentil usa da inteligência, por isso que é mais bem sucedida, sempre, ainda que não deva usar a gentileza com essa intenção oculta.
A pessoa gentil tem paciência no ouvir as pessoas, mesmo aquelas cuja conversa parece não trazer nada de útil. Segundo Chico Xavier, às vezes é preciso peneirar muito cascalho para se obter uma grama de ouro. Mas em toda conversa sempre há alguma coisa que se aproveite...
Por isso, o sinal de inteligência: a pessoa que ouve, aumenta o número dos seus conhecimentos. Só por aí já se vê quanto ganho temos por ouvir mais...
Engana-se quem pensa que a gentileza é própria da mulher. Os espíritos precisam progredir em tudo e por isso a afabilidade e a gentileza têm vez em qualquer pessoa e em qualquer lugar, demonstrando o longo caminho já percorrido pelo Espírito.
Um exemplo grandioso de gentileza vemos em Chico Xavier. Ele, com sua infinita paciência e humildade, sempre atendendo a todos, sem jamais demonstrar contrariedade ou cansaço, é o apóstolo da caridade. Sufocando a dor de angina, que às vezes se torna insuportável, Chico já passou dos 90 janeiros, sempre com uma palavra gentil e consoladora, para balsamizar os corações doridos que o procuram.
E quando a pessoa adquire o hábito da gentileza, esse proceder se torna uma segunda natureza. Ela assim age porque se sente bem. Não o faz para se sentir virtuosa ou para que os outros a admirem, até porque `a virtude desconhece a si mesma' e, segundo o Padre Vieira, "o prêmio das boas ações é praticá-las".
A pessoa gentil só tem um "defeito": é difícil a gente se aproximar dela, porque está sempre rodeada de muitas pessoas, que procuram se beneficiar desse seu halo de grandiosidade e nobreza.
Ainda que você não acredite em tudo o que pode a gentileza, ainda que ache que tudo isso é exagero, se você for gentil, estará se presenteando a si mesmo, porque tornará sua vida bem mais prazeirosa. E viver de bem com a gente mesmo já é um grande passo para viver de bem com toda a Humanidade.
(Jornal Mundo Espírita de Novembro de 2000)

ORAÇÃO DO RECOMEÇO

🌻Oh! Deus, me impeça de mais uma vez fechar as portas para o novo que quer entrar em minha vida. 🌻Dai-me esperança e confiança de que ex...