quarta-feira, 5 de outubro de 2011

ESCOLHENDO A BICICLETA CERTA...

Este artigo é direcionado para aquelas pessoas que possuem pouca noção ou nenhuma sobre qual bike comprar. Apesar de encontrarmos várias bikes e suas respectivas categorias, vamos nos limitar a falar sobre as Mountain Bikes, pois é a nossa praia. 


O QUE É UMA BICICLETA DE MOUNTAIN BIKE? 
Resumidamente falando, a Mountain Bike ou MTB, é uma bicicleta normalmente de aro 26”, equipada com uma relação mais leve para encarar terrenos acidentados, principalmente subidas mais íngremes, possuindo 3 coroas dianteiras e de 7 a 9 pinhões na roda traseira, pneus mais largos e com cravos (dentes) para melhor tracionarem em solo arenoso e/ou argiloso. O material do quadro pode variar do ferro, cromo, titânio, alumínio, antimônio até fibra de carbono, podem vir de fábrica com ou sem suspensão dianteira e até com suspensão traseira, no quadro (full suspension). 
As MTB se dividem em modalidades como Cross Country, Free Ride, Dual Slalon, Trip Trial, Dirty Jump, Donw Hil, Up Hill, Bike Trial e Cicloturismo, dos quais a modalidade de competição mais popular e praticada é o Cross Country, que consiste em pedalar distâncias entre 30 e 100km por estradas de chão, geralmente de uma cidade a outra (intercity).

BICICLETA DE SUPERMERCADO 
É muito comum pessoas comprarem sua MTB em supermercados, mas há algum problema nisso? O problema é o consumidor ter dores de cabeça com relação à manutenção e eventuais defeitos de fabricação e principalmente dores nas costas por adquirir uma bike sem medidas padronizadas, o que ocorre com certa freqüência nas bicicletas mais populares. 

Como saber o tamanho da bike e se ela é compatível com o tamanho do usuário? Quem dita o tamanho da bike é o quadro da mesma, sendo assim existe grafado no quadro números ou letras que vão informar seu tamanho, geralmente no tubo que liga a caixa de centro ao canote do banco, sendo a medida desse tubo, em polegadas, a medida do quadro. 
Como saber qual medida de quadro o ciclista deve usar? Fique de pé, descalço e de preferência vestindo a bermuda de ciclismo, meça a distância do cavalo (da virilha ao chão), com essa medida, em centímetros, divida por 2,54 (polegada) e subtraia de 14, arredonde o valor para o número inteiro mais próximo, por exemplo: 78,00 / 2,54 = 30,70 – 14,00 = 16,70 arredondando para 17, esse é o tamanho do quadro. 
Conhecendo a medida do quadro, agora é campear de bicicletaria em bicicletaria procurando uma MTB que seja do seu número, mas preste atenção nos vendedores picaretas que querem empurrar qualquer bike, dizendo que os quadros são todos iguais e outros papos furados. 
Agora meu caro ciclista, você já sabe que bicicleta de supermercado é para quem vai usá-la apenas durante o verão e depois aposenta-la, não é para quem quer usufruir desse maravilhoso invento o ano todo. 

BIKES PRONTAS X BIKES PERSONALIZADAS 
Antigamente quando se comprava uma bike já montada, esta vinha com o grupo de peças de um fabricante e de um mesmo nível, por exemplo, o Shimano STX, assim todas as peças que compunham o grupo (pedivela, câmbios traseiro e dianteiro, trocadores, cubos, k7, corrente, caixa de centro, manetes e freios) eram do nível STX. As demais peças, como aros, banco, canote, guidão, caixa de direção, eram de fábricas distintas, não havendo ligação com o fabricante do grupo ou do quadro. Atualmente as fábricas ou montadoras de bikes estão misturando tudo, os grupos de peças não tem mais identidade, tão pouco são da mesma fabricante, sendo fácil encontrar MTB usando câmbios e trocadores Shimano Deore, k7 e corrente Sram 7.0, pedivela Truvativ x-flow, menetes e freios Avid SD 5 e por ai adiante. O que mudou de alguns anos para cá, é o fato das fabricas de quadros, também estarem fabricando ou personalizando algumas peças como canotes, guidões, freios, cubos e outras, a Scott e Giant são exemplos disso. Essa miscelânea pode ser benéfica, tanto para os inúmeros fabricantes, quanto para os consumidores, pois o preço torna-se atrativo, no entanto é preciso ficar esperto e conhecer as inúmeras opções oferecidas, pois existem muitas bikes etiquetas, cujo grupo ou peças são inferiores, mas devido à marca do quadro, esta acaba custando mais do que outras marcas menos famosas, mas com peças superiores. 
Mas e se a pessoa quiser montar a própria bike peça por peça, com o que ele deve se preocupar?
Quadro Agora que você já sabe o tamanho do quadro e a modalidade que quer praticar, escolha o material ou liga mais comum na fabricação do quadro. Dentre os materiais existentes, o alumínio é o mais comum e apresenta uma boa resistência, se levado em conta o peso, sendo seu valor bem acessível. 
Quadro Hard Tail ou Full Suspension 
Gostou daquela MTB com uma suspensão no meio do quadro (Full suspension), cuidado, muitas vezes esse tipo de quadro só atrapalha, pois perde-se potência através da mola e leva-se peso extra na bike. No lugar de uma suspensão no meio do quadro, prefira um banco mais macio, que o resultado vai ser bem melhor.
Grupo de peças 
O grupo é formado geralmente por 9 peças, sendo elas: pedivela, câmbio dianteiro e traseiro, caixa de centro, k7, corrente, trocadores (par) manetes (par) freios (par) e cubos (par), muitas vezes os trocadores são acoplados aos manetes. No mundo ou pelo menos comercializados no Brasil, existem dois fabricantes de grupos de peças para MTB, a Shimano e a Sram, falando de câmbios e trocadores, que são as peças fundamentais em uma MTB. A americana Sram, esta no mercado há pouco tempo e no início tinha preços atraentes, não deixando de lado a qualidade e inovações, porém atualmente suas peças estão tão caras quanto a concorrente Shimano, mesmo que em alguns casos a qualidade seja superior, a Sram se tornou marca de elite. Já a conhecidíssima Japonesa Shimano que iniciou a fabricação de peças para bikes em 1921 e esta no Brasil a mais de 25 anos, detém de 60% do mercado mundial e é consagrada pela sua qualidade e fabrica desde os grupos básicos até os mais avançados, leves e precisos, sendo assim a marca mais recomendada.
18, 21, 24 ou 27 marchas!! Tudo isso, pô nem caminhões possuem tantas marchas assim! Isso é possível graças à combinação das 3 coroas dianteiras com os pinhões traseiros, mas o que realmente muda de uma MTB com 21 marchas de outra com 27 
Basicamente a MTB com 27 marchas possui pinhões maiores atrás, fazendo com que ela fique mais leve ao se pedalar em subidas, pois o giro da roda traseira é maior, assim é possível vencer um terreno mais íngreme fazendo menos força. Sendo assim a diferença entre o número de marchas esta somente nesse detalhe. Não vou comentar sobre peso, pois isso não é um agravante, uma vez que é o ciclista que esta em cima da bike, a não ser que seja necessário vencer 10 pavimentos de escada com a bike nas costas. Mesmo assim o próprio fabricante deu uma deixa para os ciclistas que não querem ou não podem incrementar sua MTB com 27 marchar, o que encarece significativamente, pois para transformar uma bike de 21 marchas para 27, deve -se trocar o k7, corrente, trocadores e às vezes até câmbio traseiro e as peças não saem menos do que o dobro do preço. Assim foi inventado o tal do Mega Ranger, que é um pinhão traseiro com 34 dentes, fazendo com que o giro da roda traseira se iguale ou até ultrapasse alguns modelos com 27 marchas, isso com um pequeno desembolso. Vai pedalar pela cidade, não quer gastar e não quer chamar a atenção dos “gatunos”, escolha uma bike com 21 marchas, com ou sem suspensão dianteira, você vai encontrar modelos de boa qualidade a partir de R$600,00. Quer competir ou pedalar por estradas de chão, mas ainda não têm habilidade suficiente, então não invista uma fortuna na sua MTB, pois os tombos podem custar a reposição de peças caras, com isso escolha entre o grupo Alívio (24marchas) e o grupo Deore (27) ambos da Shimano, preferencialmente com suspensão para não acabar com as juntas dos braços. Modelos assim podem ser encontrados a partir de R$1.500,00 

Freio a disco ou V-Brake 
Freio a disco funcional é o hidráulico, pois o mecânico se iguala a um bom V-Brake, além disso, o freio a disco pesa no mínimo o dobro do V-Brake e a sua manutenção é delicada e custosa (no caso dos hidráulicos), sendo assim, fique com o V-Brake e leve um jogo de sapata de freio reserva.

Aros x Rodas prontas 

Além dos aros, mais os raios, que com os cubos (do grupo) formarão as rodas da sua MTB, existem as rodas prontas, muitas vezes mais leves e também mais caras, estas rodas utilizam materiais, furações e medidas de raios diferentes, muitas vezes exclusivos somente para aquele modelo. Conselho de amigo, prefira os aros com furações normais (32 ou 36 furos) e invista em raios de qualidade, DT Swiss, por exemplo, assim você estará garantindo estabilidade e segurança a sua bike. A não ser que você ciclista já esteja em certo nível profissional e busque uma melhor performance, aí vale a pena investir em cubos de alto nível, com rolamentos e selagens especiais, como os Americam Classic, DT Swiss e Shimano XTR, pois os cubos são os responsáveis pela bike girar leve e sem atritos internos. Montar a própria bike, escolhendo cada peça, pode sair mais barato do que comprar ela pronta, mas é preciso muito mais tempo de pesquisa e tempo é dinheiro, mesmo assim consulte no mínimo três lojas e descreva peça por peça que componham a sua futura MTB. Gostou daquela MTB com uma suspensão no meio do quadro (Full suspension), cuidado, muitas vezes esse tipo de quadro só atrapalha, pois perde-se potência através da mola e leva-se peso extra na bike. No lugar de uma suspensão no meio do quadro, prefira um banco mais macio, que o resultado vai ser bem melhor. 

Espero que essas dicas sejam úteis e não se esqueça, ciclista usa capacete, anda sinalizado e respeita as leis de trânsito 

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